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Advogados reclamam de constrangimento ao ingressarem no Iapen

Mesmo com máquina de Raios X e detector de metais, agentes estariam exigindo até que profissionais retirem os sapatos para revista


Vários advogados reclamaram na manhã deste sábado, 23, no programa Togas&Becas (DiárioFM 90.9), que tem como âncora o advogado Helder Carneiro e na bancada os também advogados Wagner Gomes e Evaldy Mota, que estão sendo submetidos a constrangimentos durante visitas a clientes no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). “Há casos em que temos até que retirar os sapatos, mesmo que visivelmente eles possuam algum objeto metálico como adorno. Noutros casos, quando possuem adereços detectados no detector de metais, somos obrigados a retirar o cinto”, reclamaram.

Questionado sobre as acusações, o presidente da OAB/AP, Paulo Campelo afirmou que tão logo tomou conhecimento das denúncias adotou providências imediatas para garantir os direitos e prerrogativas da categoria: “Assim que tomamos conhecimento do problema nos reunimos com o diretor do Iapen e pedimos providências imediatas para que essa violação às prerrogativas dos advogados não prosseguisse; na ocasião, ficou acertado que se o detector de metais der o alarme, os advogados irão para uma sala ao lado, onde, sem constrangimentos, serão submetidos ao bastão eletrônico para constatar se o alarme foi disparado em função dos sapatos ou do cinto; caso positivo, os advogados serão liberados para ingressarem no local sem qualquer constrangimento”, explicou.

O presidente da OAB/AP justificou os equipamentos eletrônicos no presídio: “Todos sabem que há muito tempo vínhamos pedindo a instalação de equipamentos de segurança no Iapen, justamente para evitar constrangimentos não apenas aos advogados, como também aos parentes de presos, principalmente mulheres, acabando de uma vez por todas com as condenáveis revistas íntimas; temos que entender que aquilo é uma penitenciária, o que exige medidas de segurança; nós, advogados, não estamos imunes a isso; entretanto, o que exigimos é que isso seja feito de forma respeitosa, sem truculência e sem constrangimentos, porque, afinal, nós não somos simples visitantes, porque o advogado vai ali para exercer o seu trabalho, e o exercício profissional tem que ser respeito”, finalizou Paulo Campelo.


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