Política Nacional

Ministro da Defesa cita ‘ato isolado’ de presos por suspeita de terror

“Amadorismo” e “porralouquice” são características do grupo


 O ministro da Defesa, Raul Jungmann, comentou a prisão de um grupo que é suspeito de planejar atos terroristas durante a Olimpíada do Rio. Ele afirmou que há outros grupos, mas que este passou da fronteira da “conversação para o preparativo”, e disse que se trata de um “ato isolado”.

Jungmann disse ainda que o grupo já vinha sendo monitorado e que a organização dos presos é “de um amadorismo, de uma porralouquice”, pedindo desculpas pelo termo.

“Vocês chegaram a ver o vídeo deles? Não sei se chegaram a ver. Mas é de um amadorismo, me perdoem o linguajar um tanto vulgar, mas, de uma porralouquice. Porque, de fato, é um grupo que não tem, digamos assim, nenhuma tradição, algo que você pudesse ter um preparativo histórico, eram jovens”, comentou.

O titular da Defesa, no entanto, fez questão de ressaltar que os suspeitos já vinham sendo monitorados e que as prisões se deveram ao fato de terem ultrapassado um limite.

“Nós já recebemos dados e informações desse grupo há algum tempo, o último informe há dois dias. Havia e há um acompanhamento sistemático desses grupos. O que aconteceu é que este grupo, que vinha tendo uma relação através da internet, do [aplicativo] Telegram, passou daquela linha de giz que nós não admitimos que ninguém passe: eles começaram a fazer preparativos para um ato terrorista”, relatou o ministro Jungmann, fazendo coro à afirmação do colega da Justiça, Alexandre de Moraes, que falou em “atos preparatórios” do grupo.

Raul Jungmann explicou também que agências de inteligência de outros países estão ajudando a monitorar possíveis ameaças terroristas, em especial do Estado Islâmico (EI), e que até o momento nenhum indício concreto foi encontrado.

“Nós não temos nenhuma informação de que membros do Estado Islâmico se deslocaram para cá para fazer qualquer tipo de atividade. E não só a nossa inteligência, mas a da França, dos Estados Unidos, da Inglaterra, Israel e assim por diante. Fica claro que o meio de contato são as redes sociais”.


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