Cidades
Especialista diz que trânsito de Macapá mais parece um cenário de guerra
Só em 2015 foram 103 mortes; médico alerta que situação pode ficar ainda pior por falta de ações preventivas e educação no trânsito
Em entrevista exclusiva concedida na manhã desta quarta-feira, 27, ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o médico ortopedista Wesley Amaral, que é auditor e especialista em gestão de saúde, fez uma revelação estarrecedora: o Amapá é um dos estados brasileiros onde, proporcionalmente, mais morrem pessoas no trânsito; segundo ele, só em 2015 foram 103 mortes; desse total, foram 37 motocicletas, dos quais 18 mulheres.
“Na realidade do Amapá percebe-se que imprudência é a principal causa de acidentes dno trânsito, tanto por parte de motociclistas quanto na falta de atenção do condutor do carro, e tudo isso somado ao uso do álcool, porque constatamos que os pacientes mais graves que recebemos no HE (Hospital de Emergências) consumiram álcool, com maior incidência na faia etária de 19 a 40 anos, e são, de longe, os que sofrem os piores tipos de acidentes, com mortes e seqüelas irreversíveis”, revelou.
De acordo com o médico, o custo de pacientes vitimados em acidentes de trânsito e as mortes teriam uma redução substancial se o governo fizesse ações educativas: “Para que se tenha idéia do tamanho do problema, o custo em pacientes vítimas do trânsito é de R$ 54 milhões por ano só no Amapá, acrescendo-se a essas cifras cerca de R$ 30 milhões em reabilitação, além do elevado custo com benefícios, porque o INSS gastou só no ano passado cerca de 42 bilhões de reais; a educação no transito é o principal fator de mudança desse cenário de guerra que vivemos, por isso tem que haver ações mais eficientes do governo, no sentido de combater o uso do álcool e a imprudência no transito”, sugeriu.
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