Política

Governo do Amapá promete interligar Maracá, Cajari e Carnot ao sistema da CEA

Atualmente a comunidade é atendida com energia termoelétrica gerada pelo programa social Luz para viver Melhor, do governo estadual. Com o crescimento demográfico a região já não se enquadra nos critérios Programa.


Durante audiência pública para tratar da situação da energia do Assentamento Agroextrativista Maracá (Mazagão), promovida pela Justiça Federal, com representantes da comunidade, o governo do Amapá anunciou que finalizou o projeto, orçado em R$ 30 milhões, que vai interligar, além do Maracá, a comunidade de Água Branca do Cajari (em Laranjal do Jari) e o Distrito do Carnot (em Calçoene) ao sistema da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).

Atualmente a comunidade é atendida com energia termoelétrica gerada pelo programa social Luz para viver Melhor, do governo estadual. Com o crescimento demográfico a região já não se enquadra nos critérios Programa. Nos últimos dois anos o estado diz que tem buscado alternativas para resolver de forma definitiva a situação, agravada por constantes protestos acalorados na região, que culminaram em decisões da Justiça Federal proibindo o bloqueio da BR-156.

O projeto do governo foi apresentado como solução definitiva para a comunidade do Maracá, na segunda-feira, 24, durante audiência pública na subseção da Justiça Federal, em Laranjal do Jari.  Com energia 24 horas, o estado afirma promover o desenvolvimento social e econômico da região, além de reduzir significativamente os custos de óleo diesel para geração de energia termoelétrica.

“No momento, estamos trabalhando nas questões fundiárias e de licenciamentos ambientais, para podermos submeter o projeto a aprovação do BNDES”, explicou o secretário-adjunto de Planejamento, Otávio Augusto Magalhães.

No Amapá, as obras do Luz Para Todos, do governo federal, pararam em 2010. Foram destinados R$ 155 milhões para atender aproximadamente 19 mil unidades consumidoras, mas apenas 10 mil foram beneficiadas. Segundo a Eletronorte, responsável pelas obras do programa no Amapá, ainda estão disponíveis R$ 66 milhões, entretanto, defasado, o valor não é suficiente para atender todo o restante.

Para acompanhar o andamento do projeto, o juiz federal João Bosco Soares criou uma comissão formada pelo GEA, Eletronorte, Companhia de Eletricidade do Amapá e Incra. Uma nova audiência pública está marcada para o dia 7 de dezembro, em Laranjal do Jari, quando já deverá ser apresentado um plano de ação para a execução dos R$ 66 milhões disponíveis na Eletronorte.

Já existe um grupo de trabalho do governo do estado formado pela SIMS, Secretaria das Cidades, Gabinete do governador e representantes da Associação dos Trabalhadores do Assentamento Agroextrativista Maracá, que tratam não somente da questão da energia, mas de políticas públicas para as comunidades dentro do Maracá.


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