Cidades

Paciente paga gasolina de ambulância oficial para receber atendimento médico

Francisco veio de Calçoene; reclamação é geral contra tratamento dado a doentes no Hospital de Emergência de Macapá


Um senhor de prenome Francisco, para receber atendimento médico no Hospital de Emergência de Macapá (HEM), teve que desembolsar R$ 250 para garantir o combustível da ambulância na qual foi conduzido, procedente de Calçoene a 274,5 quilômetros da capital.

A revelação foi feita pelo próprio cidadão durante entrevista radiofônica, na manhã desta quinta-feira, 3, em meio a uma grita geral de pacientes e familiares contra o atendimento que vem sendo dado no HEM.

Francisco disse que tinha que ser transferido para o Hospital de Emergência, mas quando chegou a hora de vir para Macapá, foi-lhe dito, em Calçoene, que a ambulância oficial não tinha combustível, e que, se ele quisesse ser transportado, teria que colocar gasolina no valor de duzentos e cinquenta reais.

A grita geral no Hospital de Emergência de Macapá foi em repúdio à falta de leitos (doentes se avolumam pelos corredores do lugar, deitados no chão), falta de remédio e de outros materiais necessários a doentes. Falta de higienização também foi um dos motivos da revolta. “Aqui não se tem nem gaze”, gritou outro paciente.

Também procedente de Calçoene, um cidadão foi ajudado por familiares que, com dinheiro do próprio bolso, tiveram que comprar material para ele ser atendido por um médico. Essa pessoa teve os braços e pernas quebrados.

Consta que o setor de traumatologia do HEM está sem condições de realizar cirurgias, por falta de equipamentos e material. Uma pessoa teria passado três meses na lista de espera para cirurgia. O procedimento não foi realizado e agora ela está com os ossos recompostos, carecendo de uma operação ainda mais complicada.


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