“O Sérgio e a vítima tinham uma relação homoafetiva. Esse relacionamento já durava quatro meses. O crime, inclusive, ocorreu no calor de uma discussão enquanto eles mantinham uma relação sexual, então, não houve furto e muito menos latrocínio. Foi uma fatalidade”, declarou o criminalista.
Wagner Gomes também afirmou que a defesa vai atuar com a tese de homicídio privilegiado e não qualificado, como deve ocorrer na fase policial. “Iremos levar a tese de homicídio privilegiado para o julgamento. Nós concordamos que houve um crime, sim, houve, mas queremos um julgamento justo”, pediu o defensor.
No homicídio privilegiado, o crime é cometido, segundo a defesa, sob o domínio de uma compreensível emoção violenta, compaixão, desespero ou motivo de relevante valor social ou moral, que diminuam sensivelmente a culpa do homicida.
“Existia uma relação de confiança entre as partes, tanto que o Sérgio tinha as chaves da casa do Chagas. Como eram namorados, a vítima costumava dar presentes para meu cliente. Não houve subtração de objetos da casa. Era uma relação amorosa, repito”, reafirmou.
Quanto ao laudo da Polícia Técnico Científica (Politec) que derrubou a versão do modelo que declarou ter usado cocaína na noite do assassinato o advogado explicou: “Não queremos colocar em xeque a perícia, mas o uso da cocaína teria sido feito no sábado. O exame só feito na segunda ou terça, então, é algo que para nós é irrelevante nesse momento. Mas é uma discussão jurídica que teremos à frente”, concluiu.
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