Pré-candidato, Maia se opõe a legado do Planalto
Presidente da Câmara diz não ter compromisso em defender ações da gestão de Michel Temer
Ainda tímido nas pesquisas de intenção de votos, com apenas 1%, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou ontem (8) sua pré-candidatura ao Planalto, colocando-se como opositor do presidente Michel Temer. “O governo quer um candidato para defender o legado. (…) Para defender o legado, eu não estou disposto”, declarou Maia.
Mesmo integrando a base aliada, o presidente da Casa já vinha se esforçando para distanciar sua imagem do emedebista, considerado impopular. No entanto, o ministro Carlos Marun (Secretaria-Geral) sinalizou que o governo ainda acredita em uma eventual aliança: “A pré-candidatura do deputado Rodrigo Maia tem o nosso respeito e é possível, sim, que ele venha a ser o nosso candidato”.
Para o cientista político da FGV-Rio, Sérgio Praça, o DEM precisa adequar o discurso para conquistar o público. “O DEM é um partido mais à direita do que a média do eleitorado”, avalia, “o partido precisaria ir mais para o centro para seduzir os eleitores”, completa. Ele não descarta a possibilidade de que a legenda opte por futuramente costurar uma aliança o PSDB, aliado histórico.
Sérgio Praça ainda destaca a pouca experiência de Maia no poder Executivo. Ele foi secretário municipal entre 1997 e 1998 e está no quinto mandato na Câmara. “Maia tem um perfil forte de parlamentar, assim como Temer”.
Nos próximos meses, Maia fará uma série de viagens pelo país para tentar viabilizar seu nome na disputa. O partido tem até junho para conseguir resultados – prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as legendas oficializarem os nomes que vão disputar o pleito.
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