Randolfe diz que ampliação de membros da CPI do Futebol é para
Senador quer reduzir participação da “bancada da bola” e garantir Romário como Relator
Entrevistado na manhã dessa terça-feira no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), por telefone, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) afirmou que já entregou ao senador Romário (PSB-RJ) requerimento com pedido para a ampliação nove para 15 a composição da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Futebol, criada para investigar possível irregularidades, inclusive esquemas de corrupção no futebol brasileiro. No momento, a comissão teria de sete a 13 membros.
Para o senador, a ampliação do número de membros vai reduzir o número de integrantes da “bancada da bola”, constituída de ex e atuais dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e de federações estaduais, como forma de evitar que a CPI seja manipulada. Randolfe afirmou, também, que está fazendo articulações para que o senador Romário (PSB) seja o relator da comissão. “Se é para moralizar o futebol brasileiro, o Romário tem esse perfil, por isso estou defendendo o nome dele para a função”, ressaltou.
Conforme explicou o parlamentar, na próxima os líderes partidários vão encaminhar os nomes dos indicados para comporem a comissão. Como o pedido de Randolfe ainda não foi analisado, atualmente a CPI está em processo de formação por nove integrantes, sendo presidente, relator e sete membros.
Mantendo-se a atual composição, a bancada de apoio ao governo (PT, PDT e PP) tem direito a duas vagas. O bloco da maioria (PMDB e PSD) fica com outras duas. As outras três vagas são preenchidas pela oposição (PSDB e DEM), bancada de esquerda (PC do B, PPS, PSB e PSol) e bancada “União e Força” (PTB, PSV, PR e PRB).
Como Romário é o autor do pedido de instalação da CPI, somente ele pode alterar a sua composição, mas o senador não está vendo com bons olhos essa articulação. Ao contrário de Randolfe, o ex jogador entende que, quanto maior for o número de integrantes, maior também será a participação de representantes da bancada da bola, o que poderia beneficiar a CBF.
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