Política

Pedro da Lua diz que reportagem do Fantástico teve propósito d

Parlamentar revela que tentou ser entrevistado, mas equipe de jornalistas “veio com pauta feita e abordou temas genéricos”



 

O deputado estadual Pedro da Lua (PSC) fez um desabafo na manhã dessa terça-feira, 9, no rádio (programa LuizMeloEntrevista – DiárioFM 90.9), e criticou duramente a reportagem veiculada na edição do último domingo do Fantástico (Rede Globo), repercutida em todos os programas jornalísticos da emissora, que denunciou supostas irregularidades praticadas por deputados estaduais amapaenses, com ênfase no que classificou de grande número de cargos comissionais nos gabinetes.

“Minha indignação é que, com relação a outras assembleias legislativas a reportagem foi pontual, específica, enquanto que com relação ao parlamento do Amapá foi generalizada em todos os sentidos. Eu e mais dez deputados estamos cinco meses na Assembleia, não respeitaram a responsabilidade de cada um, embora não exista qualquer ilegalidade no número de assessores, por caber ao parlamentar definir o quantitativo e o salário de seus assessores dentro do valor que recebe da verba de gabinete. Aqui no Amapá são R$ 58 mil. Fica a critério do deputado se ele vai contratar cinco ou 70, o que implica, inclusive, na remuneração do assessor. Eu acho mais justo contratar o maior número possível, porque quanto mais assessores tivermos, mais condições teremos de atender as demandas populares”, pontuou.

Segundo Da Lua, a equipe do Fantástico se recusou a entrevistar os deputados: “No dia em que os jornalistas da Globo estiveram aqui, minha assessoria os procurou, perguntando se queriam entrevistar algum deputado, inclusive me colocando à disposição, mas eles se recusaram, porque vieram com pauta feita, direcionada para o achincalhe; fizeram filmagem fechada, sem áudio, com quatro ou cinco deputados na sala do presidente (Moisés Souza). Eles vieram para desqualificar, achincalhar a nossa reputação. No caso específico da deputada Beirão, ela faz o que acha mais justo, isto é, divide os R$ 58 mil da verba de gabinete com 70 pessoas que, ao mesmo tempo em que trabalham, sustentam as suas respectivas família. Eu também acho justo e eticamente correto, porque quem divide a verba com poucos assessores pode correr o risco de ser mal interpretado, gerando dúvidas se parte desses salários retorna para o deputado”, avaliou.


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