Cidades

Trabalhadores da área de infra-estrutura cruzam os braços

Greve coloca em xeque projetos e convênios federais no estado



 

Cerca de 150 funcionários das secretarias de Estado de Infra-estrutura (Seinf) e dos Transportes (Setrap), e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AP), que integram o Sindicato dos Trabalhadores da Área de Infra-estrutura do Estado do Amapá, deflagraram greve nessa terça-feira, 16, após deliberar sobre o ato durante assembleia geral.

De acordo com o delegado do sindicato, engenheiro civil Fernando Antônio Santos, a greve é resultado do não avanço das propostas apresentadas ao governo do estado na mesa de negociação. Entre os principais pontos de reivindicação, os chamados “profissionais de formação em infra-estrutura” estão lutando pelo cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

“A infra-estrutura é um setor pequeno, mas essencial para o desenvolvimento do projeto de governo. Essa paralisação implica na perda de recursos federais, já que os engenheiros, arquitetos, geólogos, técnicos em estradas e em edificação, que são responsáveis pela elaboração e assinatura de projetos, estão cruzando os braços por melhorias salariais e da própria condição de trabalho. Na verdade, toda execução dos convênios federais é validada por esses profissionais”, disse o delegado.

Fernando Santos adiantou que a paralisação vai de encontro ao discurso do governador Waldez Góes (PDT) que prega a retomada do crescimento econômico pela construção civil. “As obras estruturantes são fundamentais na geração de emprego e renda. Porém, com essa paralisação, qualquer planejamento nesse setor de infra-estrutura vai por água abaixo. O governo prometeu levar uma proposta consolidada para mesa de negociação, mas ao sentarmos a única coisa que nos foi apresentada foi o projeto de se criar uma comissão para discutir o tema. Então, a greve é inevitável”, acrescentou.

Fernando lembrou ainda que o PCCS dos servidores da área de infra-estrutura foi instituído em 2009 pelo próprio governador Waldez Góes. “Foi o primeiro governador no país a instituir o PCCS da nossa classe, mas a coisa acabou não se consolidando. Isso levou a uma evasão de trabalhadores qualificados que buscaram outros mercados por causa da desvalorização profissional e remuneratória”, concluiu.


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