Política

Baddini afirma que interferência de deputado foi decisiva para

Presidente da ctmac diz que pedro da lua “foi uma grande atrapalhação na negociação”



 

Ouvida no programa LuizMeloEntrevista, a diretora presidente da Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac), Cristina Baddini, mediadora da prefeitura nas negociações entre o Setap e o Sincottrap, afirmou que a interferência do deputado Pedro da Lua (PSC) fechou o canal de diálogo entre os dois sindicatos, o que foi decisivo para a deflagração da greve dos rodoviários.

“O suposto acordo fechado inicialmente com uma dissidência dos rodoviários foi um encaminhamento muito ruim, tanto que chegou à greve. Nos dois anos anteriores, as negociações foram feitas sem problema, sendo que em 2013 o próprio prefeito Clécio Luís participou. Houve senso. Este ano, estranhamos muito, porque o Septap não fez negociação com o sindicato dos rodoviários na data base e começou logo a brigar por tarifa, acabando por judicializar a questão. O que aconteceu agora foi a entrada do Pedro da lua, não sei a título de que, o que foi uma grande atrapalhação na negociação. A Lei é clara: diz que negociação da data base tem que ser com o sindicato, mas o Setap ignorou a Lei, o que acabou levando à greve”, desabafou Baddini.

A diretora presidente da CTMac explicou que a questão relacionada ao aumento do preço da tarifa está sendo resolvida na Justiça: “Já foi nomeado perito, mas quero alertar que, de conformidade com a legislação, o reajuste que está sendo dado agora vai ser incluído na planilha tarifária”.

Sistema deficiente
Cristina Baddini admitiu que o sistema de transporte coletivo de Macapá é deficiente, mas garante que já houve significativas melhorias: “O sistema está muito melhor hoje que dois, três, quatro anos atrás. Infelizmente, entretanto, ainda é muito deficiente, mas isso só será solucionado totalmente quando for realizada a nova licitação, que já está a caminho, com a chegada de ônibus novos, limpos, regularizados, à altura das necessidade e do que merece a população”.

Ela lembrou que na atual gestão já foram montadas propostas de reformulação das linhas, com a criação de seis novos corredores, com carros maiores, mas as empresas desrespeitam as normas: “As catracas até agora não foram colocadas na parte dianteira dos veículos, como manda a lei e, dentre outras irregularidades, de vez em quando são flagrados três, quatro veículos da mesma linha no mesmo lugar e horário, o que acaba ocasionando a falta de ônibus em outros horários. As empresas são multadas, mas eles (empresários) não pagam as multas, não fazem nada”, reclamou, aditando que o Conselho de Transportes, instalado recentemente, está se reunindo para avaliar todo e sistema e formular propostas para a melhoria do sistema. (Ramon Palhares)


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