Cidades

Maternidade aumenta atendimento às grávidas e registra queda n

Dois óbitos registrados neste ano



 

O Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML) aumentou o número de atendimento às mulheres grávidas e registrou queda nos números de mortalidade materna, neste primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2014. Neste ano, mais de 11.570 mulheres foram atendidas e apenas dois óbitos foram registrados. No ano passado, o número de atendimentos foi muito baixo, somente 6.135 mulheres grávidas deram entrada na maternidade, das quais, três morreram.

As principais causas de morte materna são complicações hipertensivas (pressão e colesterol alto), infecções pós-parto, hemorragias, pneumonias e uso de remédios abortivos. “Muitas vezes as grávidas dão entrada com estado grave de saúde, dificultando a reversão do quadro”, disse Nirce Carvalho, diretora do hospital.

Essas causas podem ser evitadas desde que a gestante receba um acompanhamento correto e com qualidade durante o pré-natal. O problema está na precariedade do atendimento e acompanhamento às gestantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios que, diariamente, disponibilizam poucas vagas para marcação de consultas, dificultando a realização do pré-natal.

O centro obstétrico da maternidade é, atualmente, composto por três ambientes: oito enfermarias pós-parto, sala de indução com seis leitos e um centro cirúrgico, o que garante uma assistência completa durante o trabalho de parto. A grande dificuldade para atender à demanda do Estado ainda é a superlotação, pois o hospital atende mais de 15 ilhas do Estado do Pará.

Em 2004, foi lançado o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal que reconhece a vigilância do óbito materno, por intermédio da organização da investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil e da criação dos comitês de Mortalidade Materna, como uma estratégia fundamental para diminuir os índices de mortalidade materna.

De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (FNuap), calcula-se que, aproximadamente, 18 milhões de mulheres ficam inválidas ou com doenças crônicas em razão de problemas durante a gravidez, por falta de acesso a informações e a contraceptivos, e pela realização de abortos inseguros. O risco é mais alto para as jovens entre 15 e 19 anos.


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