CPI marca para dia 30 acareação entre Youssef e Paulo Roberto
Acareação entre doleiro e ex-diretor da Petrobras será a 1ª da CPI.
O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), marcou para 30 de junho a primeira acareação do colegiado, que será entre Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, e o doleiro Alberto Yousseff, segundo informou a assessoria do parlamentar.
Tanto Costa quanto Youssef firmaram acordo de delação premiada na Justiça para contar o que sabem do suposto esquema de corrupção na Petrobras. Eles foram presos na operação Lava Jato, da Polícia Federal. Costa foi liberado para cumprir regime aberto e é monitorado por tornozeleira eletrônica.
Também ficaram definidas as datas para as acareações entre o ex-gerente de Serviços Pedro Barusco e o ex-diretor de Serviços Renato Duque, em 7 de julho, e entre Pedro Barusco e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, em 14 de julho. Todos eles são acusados de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Todos eles também já foram à CPI, em audiêcias em que foram ouvidos individualmente.
A fase de acareações é aguardada pelos membros da CPI porque será uma forma de colocar os acusados frente a frente e comparar as versões contadas por cada um deles.
Depoimentos anteriores
Nos depoimentos de delação premiada e na CPI, Paulo Roberto Costa afirmou que havia um esquema de corrupção na Petrobras e que empreiteiras pagavam propina para obter contratos com a estatal. Parte da propina, segundo ele, ia para PT, PMDB e PP. Os partidos negam as acusações. Youssef foi ouvido pela CPI em Curitiba. Ele disse que acredita que o alto escalão do governo sabia do esquema de corrupção na estatal.
Barusco afirmou à CPI que repassou US$ 300 mil à campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010 – o que o PT nega – e que acumulou, desde 1997, US$ 97 milhões em propina, quantia a ser devolvida aos cofres públicos.
Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, é acusado de ter cobrado e recebido propina de empreiteiras para autorizar contratos na estatal. Ele ficou em silêncio na CPI. Vaccari, em seu depoimento no colegiado, negou que tivesse pedido dinheiro a ex-diretores da estatal para financiar campanhas do PT.
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