Após ser duramente criticado pela diretora presidente da Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac), no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), na última quarta-feira, 17, o deputado Pedro da Lua (PSC) foi ao programa nessa quinta, 18, e afirmou que sua participação nas negociações foi legítima, na condição de representante da população na Assembleia Legislativa (AL). Ele contestou a acusação de ter sido um “corpo estranho”, cuja atuação, segundo Baddini, acabou culminando com a deflagração da greve dos rodoviários.
“Quero parabenizar o sindicato, em nome do Genival Cruz, e esclarecer que em nenhum momento entrei ou participei das articulações, sem ter sido convidado. O convite partiu de uma grande facção dos rodoviários, e eu não poderia omitir-me, porque também fui eleito pra isso. Essa afirmação de que minha atuação teria culminado com a deflagração da greve é, no mínimo, equivocada, porque a greve já estava agendada com bastante antecedência pelo sindicato. Longe de mim dizer que sou ‘pai da criança’, apesar de que, se for feita uma retrospectiva, tudo ou quase tudo que foi proposto e fechado com a categoria partiu dessa nossa participação. Mas, aqui, eu afirmo e reafirmo: os ‘pais da criança’ são os dois sindicatos e a Prefeitura, que tiveram bom senso de sentar à mesa e negociar”.
Quanto às declarações de Cristina Baddini, Pedro da Lua foi duro: “O que eu não posso aceitar é ser tratado da forma como fui tratado ontem pela presidente da CTMac, de forma irresponsável, que eu considero como atitude de uma criança mimada, que mesmo não dando atenção a um determinado brinquedo, parte pra briga, dizendo: largue que é meu”.
Baddini contestou: “Reafirmo que a participação do deputado foi equivocada, porque todos que convivem anos com essa questão do transporte coletivo, e isso qualquer trabalhador sabe, a negociação tem que ser feita diretamente com o sindicato, mas o que aconteceu dessa vez não foi isso, porque eles optaram em fazer uma negociação extrasindical, sem ouvir a categoria, sem realização de assembléia geral, o que inviabilizaria totalmente, por ser ilegal a homologação de qualquer acordo por parte do Ministério Público do Trabalho. Eu considero equivocada, sim, porque se algum trabalhador procurou o deputado, ele, por sua vez, deveria ter procurado o sindicato para fazer a negociação. Eu penso que o deputado interveio numa seara que é da Câmara de Vereadores, da Prefeitura e do Sindicato dos Rodoviários”.
O parlamentar acusou a CTMac de ter sido omissa: “Entendo que a CTMac, como gestora do transporte, poderia há muito tempo ter tomado a frente das negociações, mas não o fez; a senhora perdeu o timing e quer desqualificar o mandato, isso eu não vou aceitar de jeito nenhum, e quando aparece alguém para ajudar a solucionar o problema é chamado de corpo estranho?”. Cristina Baddini contra-atacou: “Não é verdade, deputado. Isso é de competência da Câmara. O senhor não tem autoridade pra falar sobre isso”.
Pedro da Lua ainda rebateu: “Como deputado, eu represento toda a população do Amapá, sou do município de Macapá e contra, por exemplo, a planilha apresentada pelo Setap querendo aumentar para R$ 3,02 a tarifa de ônibus, e estou lutando para que isso não aconteça. Eu prefiro ser acusado de errar buscando o acerto do que ser acusado de omissão”, finalizou o parlamentar.
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