CLEBER BARBOSA
EDITOR DE TURISMO
Os feriados prolongados do Dia do Trabalhador (01) e de Corpus Christi (31), em maio,irão injetar R$ 9 bilhões na economia brasileira, resultado das cerca de 4,5 milhões de viagens no período. O levantamento do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), prevê que este será o mês mais lucrativo em viagens (levando em consideração os outros feriados após maio).
O estudo analisou a hipótese de as folgas durarem, cada uma, quatro dias, levando em conta que o Dia do Trabalhador cairá na terça-feira (1) e Corpus Christi será celebrado na quinta-feira (31). Ainda segundo o estudo, maio será o mês com mais feriados escolhidos para viajar, ultrapassando as 3,7 mil viagens que serão feitas em novembro (Finados e Proclamação da República). A folga prolongada que terá maior impacto neste ano será em Corpus Christi, com previsão de 2,4 milhões de viagens realizadas.
“Feriados prolongados são uma maneira de fazer com que o turista viaje mais e conheça diferentes destinos brasileiros, favorecendo a economia local. O valor que será arrecadado comprova que as datas devem ser aproveitadas para ampliar o faturamento no turismo e impactar outras áreas de comércio como transportes e alimentação”, informa o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.
Números
A arquiteta Raquel Maciel, 24, é uma das brasileiras que vai aproveitar a folga prolongada para passear pelo país. No Dia do Trabalhador, a brasiliense vai comemorar a data aos pés do Cristo Redentor e passará sete dias curtindo o Rio de Janeiro (RJ). Os pais e irmãos de Raquel já tinham visita marcada para o Rio por meio de uma excursão que permite uma passada pela cidade. Mas, a ideia pareceu tão boa que se estendeu para toda a família e agora Raquel, um outro irmão e a avó decidiram fazer as malas rumo à cidade maravilhosa.
“Tudo está favorável para realizarmos essa viagem: primeiro porque é feriado prolongado e sem essa data talvez não seria possível juntar todo mundo dessa maneira. Depois, a excursão de parte da família fez com que a outra parte também se interessasse em visitar o Rio. A partir daí, partimos para a pesquisa por passagens mais em conta e conseguimos encontrar bons preços. Tudo indica que será um momento incrível para todos nós”, explica a arquiteta.
Colaborou: Nayara Oliveira
No Amapá, pesquisa aponta bom crescimento
A última edição do Censo Hoteleiro do Amapá, uma pesquisa norteadora para o setor, aponta para um crescimento de 56% no número de hóspedes em 2017, se comparado ao ano de 2016, quando o setor hoteleiro recebeu 34.867 hóspedes. No ano passado, foram 54.151, 19.284 hóspedes a mais e um movimento de cerca de R$ 30 milhões na economia do setor. Os dados foram apresentados durante reunião com o segmento hoteleiro da capital.
O estudo foi feito pelo Instituto Municipal de Turismo (Macapatur), com o apoio da Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais de Turismo (ABBTUR), durante a segunda quinzena de dezembro. O levantamento apontou também que a capital tem capacidade para acomodar diariamente 1.217 pessoas de forma simultânea nos 45 meios de hospedagem, como hotéis, pousadas, hostels, aparts e balneários com hospedagem, espalhados pelas regiões urbana e rural de Macapá.
Para o novo diretor-presidente do Instituto Municipal de Turismo, turismólogo Sandro Bello, o Censo Hoteleiro 2017 traz novas expectativas para o setor, que nos dois últimos anos vinha sofrendo queda.
Turismo receptivo injetou R$ 49,7 mi na economia do Amapá, diz estudo
A arrecadação em toda a chamada cadeira produtiva do turismo chegou R$ 49,7 milhões contra R$ 30,3 milhões arrecadados em 2016. O crescimento é resultado da procura de 54.251 hóspedes que ocuparam 162.753 diárias em 45 meios de hospedagem, entre hoteis, balneários, aparts, hostels e pousadas. O turismo de negócios (82,4%) ainda é o mais visado pelos turistas, seguido por eventos (9,3%) e lazer (3,2%). Para a ex diretora do Instituto Municipal de Turismo, Juliane Pereira, o Censo Hoteleiro serviu para passar a limpo o setor e direcionar políticas públicas que irão auxiliar, fomentar e organizar o setor na capital do estado. “Este resultado é animador para todos nós, tanto para o setor hoteleiro quanto para a Prefeitura de Macapá, que, por meio do Macapatur, vem investindo cada vez mais nos segmentos do turismo [gastronomia, turismo ecológico, turismo de eventos, turismo náutico etc.] e contribuindo para o fortalecimento da cadeia produtiva do setor como um todo, que movimenta 52 segmentos econômicos, dentre eles o hoteleiro, que nos últimos anos vinha sofrendo constantes quedas e, finalmente, voltou a crescer”, reforça.
Os estudos para a realização do Censo Hoteleiro 2017 foram feitos nos diversos hotéis do município, como forma de avaliar os resultados das ações de gestão, levantando informações para as políticas públicas de incentivo ao setor de turismo em Macapá, com foco no setor hoteleiro, levantando dados sobre os empreendimentos, como a capacidade dos hotéis, média de ocupação, serviços oferecidos, entre outros. “O Censo Hoteleiro é fundamental para as diversas pastas de gestão pública, para planejarem as políticas de turismo para os próximos anos. O mercado também tem importantes dados nesta pesquisa para ajudar os empreendedores a tomarem decisões acertadas”, explica Juliane Pereira.
CURIOSIDADES
– A arrecadação chegou R$ 49,7 milhões contra R$ 30,3 milhões arrecadados em 2016;
– O crescimento superior a 50% é resultado da procura de hóspedes que ocuparam 162.753 diárias em 45 meios de hospedagem, entre hoteis, balneários, aparts, hostels e pousadas;
– O turismo de negócios (82,4%) ainda é o mais visado pelos turistas.
54.251
Total de hóspedes registrados oficialmente no Amapá no último Censo Hoteleiro.
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