PF realiza Operação contra fraudes em licitações de prefeituras
Santos chegou a pedir afastamento temporário, mas segue no cargo por conta de uma habeas corpus junto ao STF. Em abril de 2017, ele foi declarado inelegível pela Justiça Eleitoral por oito anos.
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (9), mandados de busca e apreensão na Grande São Paulo. A Operação mira fraudes em licitações nas prefeituras. Um dos alvos é o prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB), acusado de envolvimento com o tráfico de drogas e o crime organizado.
Santos chegou a pedir afastamento temporário, mas segue no cargo por conta de uma habeas corpus junto ao STF. Em abril de 2017, ele foi declarado inelegível pela Justiça Eleitoral por oito anos.
O cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB) faz parte de uma operação maior da Polícia Federal que investiga desvios e fraudes em licitações de merendas em 19 prefeituras paulistas, incluindo a de Embu, cidade localizada na Grande São Paulo.
Estão sendo cumpridos 154 mandados de busca e apreensão, além de afastamentos preventivos de agentes públicos e decisões de suspensão de contratação com o poder público referentes a 29 empresas e seus sócios. A ação visa desarticular cinco grupos criminosos suspeitos de desviar recursos da União destinados à educação em municípios dos Estados de São Paulo, Paraná, Bahia e Distrito Federal.
De acordo com a PF, as investigações apuraram que os grupos criminosos agiriam em 30 municípios, contatando prefeituras por meio de lobistas, para direcionar licitações de fornecimento de recursos federais para a educação destinados ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3_ negou 62 mandados de prisão solicitados pela Polícia Federal, entre políticos e empresários. Ney Santos, que mora em Barueri, também na Grande São Paulo, e foi o primeiro alvo da PF nesta quarta, já foi acusado pelo Ministério Público do Estado no âmbito da Operação Xibalba por suposta lavagem de dinheiro do tráfico de drogas do PCC. Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude a licitações, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, com penas que variam de um a 12 anos de prisão.
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