Tarso Genro diz ‘estranhar’ ter sido chamado como testemunha d
Em depoimento à Justiça Federal em um dos processos da Lava Jato, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) negou ter intimidade com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e disse “estranhar” ter sido indicado como testemunha de defesa do ex-dirigente petista.
“Eu conheço fisicamente o Vaccari, mas sempre tive uma relação com ele normal, ordinária dentro do partido. Nunca tive nenhuma intimidade com o Vaccari. Inclusive, eu até estranhei eu ser arrolado como testemunha de defesa, o que faço, evidentemente, com muito prazer, mas não sei com o que eu posso colaborar com esse processo”, afirmou Genro, por videoconferência do Rio Grande do Sul, ao juiz federal Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná, que conduz os processos da operação na primeira instância.
Questionado se havia ouvido falar algo que pudesse desabonar a conduta de Vaccari, Genro destacou que não, mas disse que tampouco ouviu comentário positivo.
“Nunca ouvi falar nada em desabono ao Vaccari e nem comentários, nem positivos nem negativos, porque a função de tesoureiro, de secretário de finanças, é uma função técnica”, afirmou. Ele negou ainda ter participado da reunião do Diretório Nacional em que Vaccari foi escolhido tesoureiro.
Durante cerca de nove minutos, ele respondeu a perguntas feitas quase que exclusivamente pela defesa de Vaccari. Apenas o advogado de outro acusado o questionou se conhecia a empresa RioMarine Óleo e Gás, ao que Genro negou. Nem o Ministério Público Federal nem o juiz Moro fizeram perguntas a ele.
O ex-governador esclareceu também que presidiu o PT em 2004, mas não soube explicar exatamente quais seriam as funções do tesoureiro do partido nem em que instâncias são aprovadas as contas da legenda.
“Eu não tenho informação de como exatamente funciona esse processo contábil dentro do partido ou arrecadação de recurso ou coisa parecida”, afirmou.
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