Cidades

Acareação de delatores termina com ‘uma convergência’, dizem d

Único ponto de acordo foi com relação a suposta propina paga pela Braskem



 

Terminou no fim da tarde desta segunda-feira (22) a acareação entre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba. A acareação começou ainda pela manhã e teve oito horas de duração. O objetivo era esclarecer pontos “conflitantes” das delações premiadas de ambos.

Costa e Youssef são acusados de participação no esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras, descoberto pela Operação Lava Jato. Ambos já foram condenados em ações que tramitam na Justiça Federal e beneficiados nas penas pelos acordos de colaboração que firmaram com o Ministério Público Federal.

De acordo com ambas as defesas, o único “ponto de convergência” obtido na acareação foi com relação a um pagamento de propina feito pela Braskem – braço petroquímico da Odebrecht – para uma compra de nafta. Os outros oito pontos destacados para análise, segundo os advogados, terminaram com os delatores mantendo as versões originais das delações premiadas.

“O motivo pelo qual existia a divergência era por qual motivo que existia esse pagamento. Esse ponto foi esclarecido, chegando ambos à mesma versão. O pagamento existia para acelerar o procedimento de compra de nafta, e também em relação ao preço do nafta. Como o nafta no Brasil acabava sendo mais barato do que a cotação internacional, existiu pagamento e comissionamento por parte da empresa”, afirmou o advogado Tracy Reinaldet, que representa Youssef. O percentual da propina variava entre 1% e 3%, e os pagamentos eram feitos em dinheiro, conforme o criminalista.


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