Defesa de Meurer afirma que não há provas para condenar parlamentar na Lava Jato
O colegiado julga Meurer e seus dois filhos, Nelson Meurer Júnior e Cristiano Augusto Meurer, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na primeira ação penal da Lava Jato analisada pela Suprema Corte.
A defesa do deputado federal Nelson Meurer (PP-PR), em julgamento nesta terça-feira (15), pediu que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) absolva o réu por ausência de provas e atipicidade da conduta, ou seja, por considerar que os fatos narrados não representam delitos.
O colegiado julga Meurer e seus dois filhos, Nelson Meurer Júnior e Cristiano Augusto Meurer, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na primeira ação penal da Lava Jato analisada pela Suprema Corte. O parlamentar se tornou réu em junho de 2016, quando a Segunda Turma aceitou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a PGR, teriam sido feitos pelo menos 161 repasses ao PP (Partido Progressista) e ao deputado, que totalizaram R$ 357,9 milhões, entre 2006 e 2014, em esquema envolvendo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.
“O que se está imputando é uma corrupção generalizada, que vai ser analisada inclusive em outros autos. Imputando-se a Meurer uma atuação que não é provada”, disse o defensor do parlamentar, Alexandre Jobim.
Para a defesa do deputado, não há provas da suposta atuação ilegal de Meurer, e que a denúncia é “baseada apenas em delações”, sendo que a “única prova documental é uma ocultação genérica com várias alegações e suposições, fazendo com que a defesa tenha que se defender de um fato do qual foi negada perícia contábil”.
Deixe seu comentário
Publicidade