Audiência Pública proposta por Cabuçu discute financiamento co
Deputado amapaense tem sido defensor no nivelamento de financiamentos sem diferenciação entre as várias regiões do país
Sabe aquela “vaquinha” que você e seus amigos fazem quando querem juntar uma grana para uma viagem ou show? Dois nomes para a mesma prática em que pessoas contribuem com pequenas quantias para juntas viabilizarem projetos. Crowd é multidão em inglês, funding, financiamento. Crowdfunding é financiamento pela multidão.
Para discutir o assunto, a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados realizou audiência pública, proposta pelo deputado amapaense Cabuçu Borge (PMDB), reunindo especialistas no assunto e incentivadores desse tipo de estratégia de financiamento.
Estiveram presentes o sócio-fundador da Catarse (a primeira e maior plataforma de crowdfunding, ou financiamento coletivo, do Brasil), Diego Reeberg; o escritor, André Gravatá e a professora e mestre em Comunicação Social, Vanessa Valiati. Os parlamentares que fazem parte da Comissão de Cultura, assim como outros deputados também prestigiaram a iniciativa.
Cabuçu, que presidiu a Audiência Pública, tem sido defensor no nivelamento de financiamentos culturais, sem diferenciação entre as várias regiões do país. “Nós da Amazônia vivemos muito a cultura, como em todo o Brasil, mas, infelizmente, percebemos que há uma concentração das produções culturais para o Centro-Sul. O crowdfunding deve ser uma alternativa para esse contraste, tendo assim uma participação individual e espontânea das pessoas”, explicou o deputado.
“Precisamos levar a ideia do crowdfunding para mais pessoas. Elas precisam compreender e saber usar. Não pode haver dúvidas”, destacou a professora e mestre em Comunicação Social, Vanessa Valiati. Diego Borin Reeberg, sócio fundador da Catarse, explicou a estratégia de financiamento coletivo do crowdfunding. O escritor André Gravatá apresentou o projeto de seu livro Volta ao Mundo em 13 Escolas, financiado pelo crowdfunding.
“As ideias que temos não precisam trilhar sempre o mesmo caminho, há outras maneiras de percorrer. Hoje é possível ir em um site de financiamento coletivo e ter essa sensação de contribuir para um projeto ter vida e, assim, alimentar uma conexão com produtores pelo mundo”, frisou Gravatá, chamando a atenção para a importância do financiamento coletivo.
Leonardo Silveira, diretor de Gestão de Mecanismos de Fomento do MinC apresentou uma analise de como o Ministério pode ajudar na estratégia de crowdfunding. Ao final, agradeceu o convite do deputado Cabuçu e destacou que “essa dinâmica do financiamento coletivo nos interessa bastante e vamos trabalhar para que aconteça. De fato ela é uma alternativa real”.
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