Dilma diz que não há ‘rebelião’ no Congresso, mesmo com diverg
Vice Michel Temer negou crise e disse que ela tem apoio.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que não há “rebelião” no Congresso Nacional, mesmo quando há “divergências” entre os parlamentares da base em votações de interesse do Palácio do Planalto.
“Eu vou falar para vocês uma coisa: eu não chamo rebelião. Eu não chamo de rebelião votação no Congresso em que há divergências. A gente perde umas e ganha outras. Se a gente for fazer um balanço, nós mais ganhamos do que perdemos. Eu não concordo que haja uma rebelião”, disse a presidente.
Nesta semana, o Senado aprovou a medida provisória enviada pelo governo que mantém até 2019 a atual base de cálculo para o reajuste do salário mínimo. Os senadores, entretanto, aprovaram também a inclusão no texto de proposta que estende o reajuste aos benefícios previdenciários, o que o governo não queria, sob a argumentação de que a medida pode resultar em R$ 9,2 bilhões a mais de gastos para a Previdência.
Na última segunda (6), o vice-presidente Michel Temer, responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, negou que haja crise política e afirmou que a presidente Dilma tem apoio da base aliada na Câmara e no Senado.
Superávit
Em Milão, a presidente foi questionada sobre se o governo revisará a meta de superávit primário (economia feita para pagar os juros da dívida pública) prevista para este ano. Nesta semana, o relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), propôs reduzir a meta de 1,13% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,4%.
“O nosso objetivo é manter a meta. Nós queremos manter a meta, é isso que nós queremos. […] A nossa decisão é manter a meta. Agora, a gente avalia sempre, e vamos fazer todos os esforços para manter a meta”, declarou Dilma na Itália.
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