Haddad e Ciro prometem retomar obras inacabadas e gerar empregos
De olho no 2° turno, os presidenciáveis planejam reativar obras no Nordeste
De olho no 2° turno, os presidenciáveis planejam reativar obras no Nordeste, como a transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina, mas não detalham como nem de onde virá o recurso
Retomar obras públicas paralisadas é um dos principais caminhos para combater o desemprego no País, segundo avaliação de dois dos três presidenciáveis mais bem situados nas pesquisas eleitorais de intenção de voto e com chance de ir para o segundo turno.
Líder nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL) não faz no programa de governo menção à retomada de obras, ao contrário dos adversários mais próximos, Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). Em comum, ambos disputam voto do eleitorado do Nordeste e destacam o resgate de duas importantes obras na região: a transposição do Rio São Francisco e a Ferrovia Transnordestina.
Apesar da promessa de retomada de obras, os programas de Haddad e de Ciro são vagos em relação à detalhes como cronograma, número e locais de canteiros de obras e, principalmente sobre o montante e a origem de recursos necessários para os serviços.
O primeiro obstáculo dos dois presidenciáveis, entretanto, será o de enfrentar as imprecisões sobre a quantidade de obras paralisadas no País. Segundo o estudo “Impacto Econômico e Social da Paralisação das Obras Públicas”, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), são 7.400 obras, a um custo de pelo menos R$ 76,7 bilhões para que sejam retomadas e concluídas.
O levantamento é baseado em dados do programa “Agora é Avançar”, lançado pelo governo federal em novembro de 2017. De acordo com a CBIC, a retomada de obras poderia gerar cerca de 4 milhões de empregos diretos e indiretos. Já o relatório “Grandes obras paradas: como enfrentar o problema?”, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que 2.796 grandes obras estão paralisadas no Brasil. A entidade estima que 2.214 obras inacabadas já haviam recebido do governo R$ 64 bilhões, mas defende a avaliação de cada caso para saber se vale a pena concluí-las.
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