Cidades

Governo é principal alvo de Eduardo Cunha em palestra a empresários

Presidente da Câmara rompeu com governo ‘como reação a covardia’.


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), concentrou nas críticas ao governo a palestra que fez para empresários em um hotel de São Paulo, durante almoço promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais).

Cunha afirmou que anunciou o rompimento político com o governo “como reação a uma covardia”, disse que não se constrangerá com “informações falsas” e não colocará a cabeça “dentro de um buraco”, em referência ao fato de ser investigado na Operação Lava Jato, por suspeita de envolvimento com desvio de dinheiro da Petrobras.

“Fui vítima de uma violência com as digitais definidas. Não podia me acovardar e não reagir”, declarou. Indagado pelo presidente do grupo Lide, João Dória, sobre a quem pertenciam essas digitais, respondeu: “Basicamente, foi uma interferência do Poder Executivo, que todo mundo sabe que não me engole”, afirmou. Cunha voltou a defender a saída do PMDB da aliança partidária que elegeu a presidente Dilma Rousseff e disse que, na avaliação dele, atualmente a maioria do partido tem uma opinião contrária ao governo – na convenção que aprovou a aliança, os contrários eram 41%, afirmou.

Ajuste fiscal
Ele criticou o ajuste fiscal conduzido pela equipe econômica do governo que, segundo afirmou, leva à retração. “Quanto mais se ajusta, mais cai a arrecadação e de mais ajuste é preciso”, declarou. Cunha previu que as crises política e econômica “vão perdurar por muito tempo” e que “não é com esse ajuste que vai melhorar”. Segundo ele, o desemprego para 2016 “já está contratado” – apontou como exemplo a redução dos lançamentos na área imobiliária, com consequente demissões no setor da construção civil.


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