Cidades

O Amapá é considerado área endêmica de malária

Aponta registro de 4.934 casos da doença de janeiro a junho – um aumento de 24% em relação ao ano passado


Segundo dados do Boletim Epidemiológico da Malária dos últimos cinco anos, divulgado pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Estado do Amapá é considerado área endêmica da doença. De janeiro a junho deste ano, foram registrados 4.934 casos, o que representa um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o número de notificações foi de 3.981.

Conforme o boletim é possível observar uma oscilação nos casos de malária nos últimos cinco anos. De 2010 para 2011 houve uma elevação de 23,4%, quando os casos passaram de 15.388 para 18.998. Neste período, ocorreu um grande surto no Estado. Já em 2012, os casos apresentaram uma redução de 19,6%, com 15.281 casos. Em 2013, os números voltaram a aumentar e foram registrados 15.294. Em relação a 2014, o Estado do Amapá apresentou 13.523 casos, uma baixa de 11,6%.

Nos seis primeiros meses deste ano, sete municípios apresentaram um aumento expressivo dos casos com relação ao mesmo período do ano de 2014. Quatro municípios chamam atenção pelo acréscimo significante: Pedra Branca do Amapari passou de 97 casos, em 2014, para 607, em 2015, o que representa uma elevação de 526%. Já Pracuúba passou de dois para dez, um aumento de 400%. Em Serra do Navio, os casos aumentaram 122%, sendo 267 em 2014 e 593 neste primeiro semestre do ano. Em Cutias, cinco casos foram registrados em 2014 e dez até o momento, o que representa 100% de acréscimo no número de casos positivos. Os demais municípios apresentaram uma pequena redução no número de casos positivos de malária.

O coordenador de Vigilância em Saúde do Estado, Clovis Omar, informou que uma série de ações precisam ser intensificadas nos municípios, principalmente os que apresentam alto índice da doença. “As ações de rotina como diagnóstico precoce, tratamento imediato, adequado e controle vetorial precisam ser intensificadas e realizadas constante e corretamente pelas gestões municipais”. E reforçou que o Estado apoia os municípios no combate aos vetores, por meio de ações, qualificações e treinamentos, oferecidos aos profissionais que atuam nas localidades.


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