Haddad diz que PT precisa se reconectar com a periferia e que adaptou plano de governo a pedido de aliados
Candidato à Presidência concedeu entrevista ao G1 e à CBN na manhã desta quarta-feira (24).
Em entrevista ao G1 e à CBN, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, falou sobre a necessidade de o PT se reconectar com a periferia e disse que retirou do seu plano de governo a proposta de realizar uma Assembleia Constituinte a pedido dos novos aliados do 2º turno, PSB e PSOL. Uma assembleia do tipo tem o poder de alterar ou mesmo criar um novo texto constitucional.
“Foi retirada a pedido dos novos parceiros que nós temos no 2º turno, PSB, por exemplo, e PSOL, fizeram sugestões de alterações. E é assim que se faz política. Quando você amplia. O PCdoB se aliou a nós logo no 1º tuno, fez sugestões de mudança. O PSB e o PSOL fizeram sugestões de mudanças de redação e nós próprios, vendo a malícia do adversário e a covardia de não enfrentar o debate, fizemos alterações. Mas a espinha dorsal é rigorosamente a mesma”, afirmou o candidato Haddad afirmou que seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), estava “pinçando” frases do programa petista e distorcendo em campanha. Por isso, decidiu alterar o texto. “Demos clareza para coisas que ele estava distorcendo no WhatsApp.”
Bolsonaro foi convidado para participar de sabatina no mesmo dia, mas não respondeu ao convite. Haddad foi sabatinado pelos jornalistas Renato Franzini, do G1, Milton Jung, da CBN, e pelo comentarista Gerson Camarotti, do G1 e da CBN.
Entre as mudanças no plano feitas pelo petista estão a retirada da proposta de instituir tempo de mandato para os juízes, a retirada a menções a descriminalização das drogas e desmilitarização da polícia, a inclusão de um tópico sobre a “necessidade de coibir roubos e furtos” e a inclusão de uma frase sobre a garantia da autonomia do Banco Central para combater a inflação, que não estava explícita.
Ele também mudou a parte sobre identidade de gênero. Onde antes eram citadas “políticas de promoção da orientação sexual e identidade de gênero”, agora aparecem “políticas de combate à discriminação em função da orientação sexual e identidade de gênero”.
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