Cidades

Expedição do Governo do Amapá mapeia impactos no Rio Araguari

Técnicos tentam descobrir causa do desaparecimento da pororoca


Uma equipe de pesquisadores e técnicos do Governo do Amapá percorreu toda a extensão do Rio Araguari para mapear os impactos que podem ter contribuído para o desaparecimento do fenômeno da pororoca. Baseado em depoimentos das pessoas que vivem na região e nos estudos técnicos, o Estado realizará o cruzamento dos dados para execução de medidas efetivas que possam ser aplicadas para minimizar os danos causados pela baixa vazão do rio, como também qualquer outro dano ambiental na área.

O ponto de partida da Expedição coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) foi o município de Ferreira Gomes, distante 137km da capital. De lá, três voadeiras do Batalhão Ambiental conduziram as equipes do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Instituto de Licenciamento e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap), com apoio do Corpo de Bombeiros, e cobertura jornalística da imprensa amapaense.

Rio adentro, os pesquisadores e técnicos puderam executar o georreferenciamento de boa parte da área; mapeamento da erosão ocasionada pela remoção da mata ciliar; desvio do curso natural do rio pela abertura de canais; impactos nas áreas de criação de búfalos e outros animais; e coleta de água e sedimentos para testes laboratoriais.

As imagens de radar da base cartográfica também contribuirão com os estudos realizados na área. De acordo com Tiago Silva, técnico em geoprocessamento da Sema, o comparativo das imagens em períodos alternados pode dar um norte para o aprofundamento das pesquisas: “As imagens facilitam o trabalho. Em vários pontos conseguimos perceber a abertura de canais que desviaram o curso natural do rio, entre outros fatores”.

O pesquisador do Iepa, Admilson Torres, foi peça fundamental na expedição. Em cada ponto percorrido, catalogou os diferentes tipos de impactos e coleta de água para os testes do nível de salinização: “São estudos preliminares, porém, fundamentais para descobrir a real causa da ausência da pororoca, como também para garantir políticas públicas de preservação e conservação de toda área”.


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