Aprosoja-AP e governo apostam em cooperação para aquecer a economia
Produtores traçam agenda comum de retomada da economia por meio da produção de alimentos.
Setores público e privado se uniram para traçar uma agenda comum de retomada da economia por meio da indústria de produção de alimentos na região. A reunião liderada pelo GEA e Aprosoja-AP ocorreu nessa quarta-feira, 5, no auditório da Escola de Administração Pública (EAP).
Estiveram presentes no encontro importantes instituições do setor econômico, como Soreidom (importadora de trigo francesa), Tratomaq/Valtra (tecnologia, máquinas e equipamentos), Cianport (logística), B&A (fertilizantes), Geoca (logística), Sebrae (empreendedorismo), Sest-Senat (formação profissional), Etecom (engenharia/logística), Conab (alimentos), Embrapa (pesquisa e tecnologia), e Unifap (pesquisa). Além das instituições do Estado como Imap (terras e meio ambiente), Iepa/Cerrado (pesquisa), IEF (Florestas), Diagro, Rurap, Sema, Setur, SDR, Sete e Sefaz.
“Em cooperação, a soma das partes envolvidas no setor produtivo amapaense pode garantir um resultado maior do que o alcançado pelas mesmas se atuassem de forma individual”, afirma Daniel Sebben, presidente da Aprosoja-AP. Além disso, “esta união resultará na formação de uma câmara técnica para trabalhos permanentes voltados ao desenvolvimento do Amapá, juntando todas as pontas dessa cadeia produtiva”, segundo Joselito Abrantes, representante da Agência Amapá e organizador do encontro.
Os principais “gargalos” encontrados para o desenvolvimento da indústria de alimentos consistem na transferência de terras da União para o Estado e regularização fundiária, licenciamento ambiental e sustentabilidade, infraestrutura logística e certificação de produtos.
A concepção dos organizadores é de que quando o Amapá conseguir vencer estas etapas, como em outras regiões do país, os benefícios sociais e econômicos virão em efeito cascata, pois, o aumento da produção de alimentos em larga escala abrirá novos postos de trabalho garantindo poder de compra aos amapaenses proporcionando o aquecimento do comércio que, por sua vez, com a circulação de dinheiro, também passará a gerar mais empregos. Em contrapartida, os investimentos do Estado nas áreas sociais como saúde e segurança poderão ampliar devido ao aumento da arrecadação de impostos gerado pelo conjunto de setores atingidos positivamente por este fator sinérgico.
Sebben também destaca “a verticalização da produção de alimentos como essencial ao crescimento do estado, pois, o beneficiamento local de produtos na fabricação de rações, por exemplo, viabilizará a avicultura e a suinocultura no Amapá”, que atualmente importa quase R$ 1 bilhão de outras unidades do país.
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