CLEBER BARBOSA
EDITOR DE TURISMO
A capital do Amapá faz aniversário na próxima segunda-feira (4), mas durante esta semana o Governo do Estado mobilizou diversos órgãos da administração pública para promover oito dias de programação em homenagem aos 261 anos da capital Macapá. Entre as novidades, além das programações em 2019, o GEA já se antecipa para celebrar, em grande estilo, os 262 anos da cidade, em 2020.
Na sexta-feira, 1º, ocorreu a abertura oficial, na Fortaleza de São José de Macapá – histórico monumento que teve como consequência mais marcante, a criação da então Vila de São José de Macapá, que deu origem à capital amapaense, em 1758. Durante o evento, o governador Waldez Góes anunciou três iniciativas que começam a ser produzidas já em 2019 para as celebrações do ano que vem. Uma foi a campanha ‘Doe Suas Lembranças’, na qual, o cidadão será convidado a ceder fotografias de cenas antigas na cidade, pertencente ao seu acervo de família e, ao final, receberá uma mídia com todas as fotos coletadas.“Muitas vezes, a pessoa possui em casa um registro histórico de Macapá, que acaba ficando guardado e se perdendo, quando poderia ser aproveitado pelo poder público como forma de resgatar e preservar a história da capital”, destacou o chefe do Executivo.
Música
Outra novidade foi a produção do CD “Cantando Macapá”, numa parceria entre o GEA e a Associação de Músicos e Compositores do Amapá (Amcap). E a outra iniciativa é a produção da primeira série de TV documental que irá retratar a história da Música Popular Amapaense, também conhecida na região como MPA. As pesquisas para a produção do roteiro já começaram e este será o primeiro grande produto do Núcleo de Produção Digital Equinócio (NPD), entregue pelo Governo do Amapá, em 2018, para fomentar o segmento audiovisual do Estado.
Celebração
Além do anúncio desses produtos, o primeiro dia de programação do aniversário de Macapá também contou com a abertura da exposição das obras do artista plástico R. Peixe. São 18 telas produzidas de 1986 a 1995 que retratam as belezas da capital, como a frente da cidade, a Igreja de São José, as primeiras edificações, os costumes e a cultura da época. As telas da exposição foram cedidas pela família do artista plástico – que participou do evento – e ficarão até o dia 4 de fevereiro na Fortaleza de São José.
Macapá antes e depois retratadas em exposição
Foi aberta ainda na última sexta-feira, 1º, a ‘Exposição Esquinas e Memórias’ concebida para mostrar cenas antigas da cidade de Macapá fazendo um contraste com o atual aspecto dos lugares retratados. São fotografias do século XIX e das décadas de 1940, 50, 60 e 70. De 20 imagens, 10 foram expostas em esquinas da capital; mas, as 20 fotos farão parte de uma exposição itinerante começando pela Fortaleza de São José, como parte da programação do Governo do Amapá em homenagem aos 261 anos de Macapá, celebrados no dia 4 de fevereiro.
Atração
Ao ser aberta ao público, a exposição logo atraiu a curiosidade de quem visitava a fortificação – que teve como consequência mais marcante, a criação da Vila de São José de Macapá, que deu origem à capital amapaense. Foi o caso de um grupo de amigos que veio do estado da Paraíba e, que está na cidade para prestar um concurso público neste fim de semana. “Já tínhamos ouvido falar de Macapá por outros amigos que temos e, que já moram aqui há mais tempo. Realmente, é uma cidade encantadora”, observou Gabriela Nóbrega.
Inaugurada também em 4 de fevereiro, Fortaleza se reinventa
O reconhecimento da Fortaleza de São José de Macapá como Patrimônio Mundial vai colocar o Amapá nos mais altos degraus da história. E, para tanto, há um longo plano de metas a ser cumprido e um dossiê a ser elaborado e entregue para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ainda este ano. Representantes do grupo de gerenciamento da Fortaleza se reuniram nas dependências do Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), em Macapá, para avaliar os avanços e ajustar os procedimentos que ainda são necessários para consolidar a candidatura da fortificação a patrimônio mundial. “Avaliamos o plano de ação que está sendo executado pelo grupo de gerenciamento da Fortaleza, desde 2016. Vamos trabalhar em uma estratégia de reorganização, estabelecendo novos prazos para que possamos cumprir todos os pré-requisitos exigidos”, confirmou o chefe adjunto do Gabinete Civil, o publviitário Carlos Marques.
Regras
Durante a reunião, o arquiteto e urbanista do Iphan Amapá, Rodrigo da Nóbrega Machado, entregou um manual de referência para a candidaturas e, mostrou os ambientes que compõem o complexo turístico cultural histórico da Fortaleza, a exemplo, da Praça Zaguri e Trapiche Eliezer Levy que, também serão avaliados pela Unesco. “É necessário realizar os reparos necessários dentro e no entorno da fortificação, finalizar o plano de turismo e ocupar essa área. Preservar e valorizar um patrimônio significa estabelecer um plano de uso, atrair a população do Amapá e os turistas para a Fortaleza e, assim, poderemos concorrer a esse reconhecimento mundial”, argumentou Rodrigo da Nóbrega.
*Colaborou: Nathacha Dantas
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