Alvo de inquérito, Mercadante se põe ‘à inteira disposição’
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou por meio de nota não ter conhecimento oficial do inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigá-lo, mas se diz “à inteira disposição” das autoridades para prestar esclarecimentos.
O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido do Ministério Público Federal e determinou a abertura de inquérito para investigar Mercadante, Edinho Silva (ministro da Comunicação Social) e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Em depoimento dado por meio de acordo de delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, preso na Operação Lava Jato, disse que fez repasses milionários para as campanhas eleitorais de Mercadante, de Aloysio Nunes, e também para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, da qual Edinho Silva foi tesoureiro.
“Como sempre, coloco-me à inteira disposição das autoridades competentes para prestar os devidos esclarecimentos e auxiliar em eventual processo investigatório. Tenho certeza que todas as questões serão devidamente esclarecidas, pois mantenho minha confiança na condução dos trabalhos pelo Ministério Público Federal e Supremo Tribunal Federal”, diz a nota.
A exemplo do que havia afirmado em junho, quando foi divulgada a doação da UTC para a campanha de Mercadante a governador de São Paulo em 2010, o ministro disse que se reuniu uma única vez com Ricardo Pessoa e que recebeu R$ 500 mil em doações, com comprovação por meio de recibo e prestação de contas à Justiça Eleitoral.
“Reafirmo que em toda a minha vida me reuni uma única vez com o senhor Ricardo Pessoa, por sua solicitação. Na oportunidade, não era ministro de Estado, mas senador e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, em 2010. Nāo há, portanto, qualquer relaçāo com as apuraçōes de fraude na Petrobras” declarou na nota.
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