Fachin dá mais 30 dias para PF concluir apuração sobre Aécio
Deputado do PSDB é investigado por supostamente ter recebido R$ 50 milhões para favorecer empreiteiras em Rondônia. Defesa diz que ‘não há qualquer elemento ou indício’ contra Aécio.
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais 30 dias de prazo para a Polícia Federal concluir a apuração sobre a suposta atuação do deputado Aécio Neves (PSDB-MG) em favor de empreiteiras em obras em Rondônia.
Ao conceder o prazo, na última segunda-feira (11), Fachin atendeu parcialmente a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que havia solicitado mais 60 dias.
Aécio é investigado por supostamente ter atuado em defesa dos interesses da Odebrecht e da Andrade Gutierrez no andamento de projetos das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira.
Quando os depoimentos de executivos da Odebrecht se tornaram conhecidos, a defesa de Aécio divulgou a seguinte nota:
“Registramos que as obras das usinas hidrelétricas do Rio Madeira (usinas de Santo Antônio e Jirau) foram licitadas pelo governo federal, do PT, não havendo, portanto, nenhuma participação do governo de Minas. Em uma delas, em Jirau, a Cemig foi inclusive derrotada. Dessa forma, não há qualquer elemento ou mesmo indício de participação do senador Aécio Neves em favor da empresa.
Entenda o caso
Segundo as investigações, Aécio recebeu R$ 50 milhões por defender os interesses das duas empreiteiras.
A PGR sustenta que R$ 30 milhões foram repassados pela Odebrecht e os outros R$ 20 milhões, pela Andrade Gutierrez.
A Polícia Federal (PF) pediu mais prazo para finalizar o inquérito, alegando que ainda falta colher os depoimentos de quatro pessoas. Em manifestação enviada ao Supremo, a PGR concordou com o pedido e Fachin aceitou ampliar o prazo.
“Remetam-se os autos à Polícia Federal, a quem concedo o prazo de no máximo 30 dias para o término dessas medidas, sem prejuízo de outras diligências que se afigurem relevantes ao desate da hipótese criminal. Findo o prazo, determino sejam os autos conclusos a este gabinete, com relatório minudente”, escreveu Fachin.
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