A Arte da vida
O Dali Lama deixou com essa pregação uma mensagem fácil de ser entendida e que passa sem ser notada quanto ao valor da vida.
As lições dos grandes pensadores sobre o significado da vida, infelizmente pouco influem no comportamento da humanidade, que de forma altiva segue seu destino sem levar em conta o positivo sermão do budista tibetano Dalai Lama, para quem “o que mais surpreende no ser humano é o fato de que perdem a saúde para ganhar dinheiro: depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde e, por fim, por pensar ansiosamente no futuro, esquecendo do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro, vivendo como se nuca fossem morrer, e morrendo como se nunca tivessem vivido”.
O Dali Lama deixou com essa pregação uma mensagem fácil de ser entendida e que passa sem ser notada quanto ao valor da vida. O pensamento acima descrito reflete a realidade do mundo moderno e sua sofreguidão em busca do sucesso que só pode ser entendido como energia, entusiasmo, relacionamentos compensadores, liberdade criativa, estabilidade física e emocional e, acima de tudo, saúde.
A sabedoria do homem, que no entender do líder religioso ainda não absorveu essa realidade tão clara, vive na escuridão, tendo à sua frente uma imensa luz. O objetivo básico da mensagem tem o caráter maior a evitar que o homem se desgaste com representações mínimas, em detrimento de melhores momentos, imaginados e possíveis.
O homem continuará com desejos ilimitados, pagando, por vezes, alto preço, jamais compensadores, mesmo através de grandes conquistas. Não fosse a cegueira de muitos a rápida passagem pela terra evitaria tantos episódios e desastres contra ele mesmo e a própria natureza. A megalomania própria do homem de construir, por exemplo, edifícios de mais de um quilômetro de altura, quando, pelo menos, já a metade daria para concretizar seu sonho de Ícaro, na sua tentativa de voar no espaço.
Guerras e tantas outras mazelas que cobrem a terra poderiam ser evitadas e o pensamento de Dalai Lama fosse ouvido e colocado em prática pela humanidade, que para o Mestre evolui e não se sabe qual será seu destino final.O progresso impõe suas regras, trazendo em si mutações que em primeiro lugar exigem adaptações. Mas as bases da vida, para Dalai , na sua essência, continuam com mudanças apenas nos hábitos e costumes.
As seguidas tragédias que o mundo vive hoje, sofrido, pisoteado, descuidado e, aparentemente, sem defesa. É contradição ao que disse também o médico austríaco Viktor Emil Frank que falou sobre o sentido da vida em seu livro publicado em 1945, quando escreveu que a “vida reside em encontrar um propósito e assumir uma responsabilidade para conosco e para o próprio ser humano”, de onde se conclui a dimensão espiritual da existência.
Ao fim destas linhas vale a pena lembrar novamente Dalai Lama para o qual “só existem dois dias durante o ano que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro tem o nome de amanhã. Portanto, hoje é o dia para amar, acreditar e, principalmente, viver”
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