CPI de Brumadinho: dois dos quatro convocados para esta quarta-feira ficam em silêncio
Engenheiros da TÜV SÜD tiveram autorização do STF para ficar calados. Funcionário da Vale que prestou depoimento negou ter feito pressão para relatório apontar estabilidade de barragem.
Dois dos quatro convocados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a tragédia em Brumadinho (MG) ficaram em silêncio durante a sessão desta quarta-feira (3).
Engenheiros da TÜV SÜD, Makoto Namba e André Yassuda foram autorizados pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ficarem calados.
Com isso, a CPI ouviu outras duas pessoas, entre as quais Alexandre Campanha, gerente da mineradora Vale (leia detalhes mais abaixo).
A TÜV SÜD atestou a segurança da barragem da Vale que rompeu em Brumadinho em janeiro deste ano.
A tragédia levou uma enxurrada de lama à região e resultou nas mortes de mais de 200 pessoas; cerca de 100 ainda estão desaparecidas.
O silêncio dos dois engenheiros fez com que senadores integrantes da comissão chegassem a propor a quebra dos sigilos bancário e telefônico de Namba e de Yassuda. O requerimento, no entanto, não foi votado por falta de quórum.
Depoimento
Ao prestar depoimento, o gerente da Vale Alexandre Campanha disse que não pressionou funcionários da TÜV SÜD para que eles assinassem laudo de estabilidade da barragem que rompeu.
Makoto Namba, engenheiro da empresa, disse ter sido pressionado. Campanha já havia negado a acusação em depoimento.
“Nunca pressionei. Nunca fiz nenhuma pressão a funcionários da TÜV SÜD, nunca participei de nenhuma reunião privada com funcionários da TÜV SÜD”, afirmou.
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