O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP), desembargador Carlos Tork, afirmou na manhã desta terça-feira, 29, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que a comissão instituída por ele para apurar diálogo em uma gravação postada nas redes sociais e divulgada na imprensa local dando conta de suposto recebimento de propina por membros da Justiça Eleitoral para favorecer o atual prefeito de Laranjal do Jaríno julgamento que resultou na cassação do então prefeito Zeca Madeireiro, a quem Bode Queiroga (PDT) sucedeu no cargo.
“Já adotamos as providências para a investigação preliminar; constituímos uma comissão composta por magistrados e promotores de justiça federais e estaduais, e pelo presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Inicialmente, já constatamos que o Relator (do processo que resultou na cassação de Zeca Madeireiro) foi perfeito: o Relator apresentou o voto no sentido de reformar a sentença de primeiro grau e foi aberta divergência, que foi acompanhada pelo voto do Juiz Ernesto Colares e pelos demais membros da Corte. O voto divergente é justo, correto, inovador e contribui de forma absoluta para a aplicação da justiça eleitoral no caso concreto”, explicou Tork.
O Desembargador ressaltou, ainda, que a partir dessa verificação, isto é, a constatação de que o processo que tramitou na Justiça Eleitoral não apresenta qualquer irregularidade, a Comissão vai apurar o áudio: “O passo seguinte é a verificação de contexto; a partir daí vamos ouvir todas as partes envolvidas; se houver indícios de irregularidade, aí sim, começa o processo de apuração. Tomamos a decisão de fazer essa verificação preliminar. Até a próxima segunda-feira já teremos uma resposta para a apuração, mas já chegamos à conclusão preliminar quanto à justiça dos votos. Os votos são inquestionáveis, o voto da Dra. Lívia (então Juíza Eleitoral) foi muito bem fundamentado. Esse áudio áudio pode ter sido usado para desacreditar o TRE”.
Carlos Tork garante que outras situações mencionadas no dialogo gravado no áudio estão sendo alvos de apuração: “Nós já estamos verificando com muita cautela, muita calma, muita prudência. Uma coisa é certa: o Bode queiroga nem era parte no processo, tanto que ele já entrou (no processo) no segundo grau (quando o processo sai da primeira instância e sobe para o Tribunal). Ele só foi beneficiado pela justiça eleitoral porque era o 3º colocado nas eleições, e o segundo estava impedido de assumir o cargo”.
Deixe seu comentário
Publicidade