Paralisação dos prefeitos amapaenses não afetou os serviços básicos
Clécio Luís anuncia que a Assembleia Legislativa fará sessão especial na próxima segunda-feira para debater o estado de falência das prefeituras dos 16 municípios do estado
A paralisação dos prefeitos durante toda esta quinta-feira, 02, decida pela Associação dos Municípios do Estado do Amapá (Ameap) na última quarta-feira não afetou os serviços básicos de educação, segurança e saúde. Em entrevista concedida ao Diário do Amapá, o presidente da Ameap, Clécio Luís afirmou que todos os serviços básicos funcionaram normalmente em Macapá: “Precisávamos chamar a atenção para a situação de quase falência que estão vivendo os municípios amapaenses, mas não seríamos irresponsáveis radicalizando o movimento, por isso nos preocupamos em manter funcionando normalmente as escolas, a área de segurança e as UBS (Unidades Básicas de Saúde).
Para o prefeito, o movimento foi um sucesso: “Todos os prefeitos aderiram à paralisação, que teve como objetivo principal chamar atenção para as dramáticas condições financeiras em se encontram as prefeituras. Chegamos a uma fase da crise em que é preciso união, porque a crise avança e a população não pode ser penalizada”, aditando que a carta reivindica ações prioritárias para os municípios tanto no âmbito estadual quanto federal. Entre as reivindicações estão os repasses atrasados da saúde, parcelas das cotas do ICMS, responsabilidade da CEA quanto à iluminação pública e apuração devida do imposto do Simples Nacional.
O prefeito Clécio Luís anunciou, também, que na próxima segunda-feira, 05, às 09h, a Assembleia Legislativa (AL) fará uma Sessão Especial para debater a situação dos municípios: “A tribuna da Assembleia Legislativa vai estar aberta para todos os prefeitos mostrarem a situação crítica em que vivemos, e durante a semana vamos tentar um encontro com o governador Waldez Góes e com a bancada federal, em separado ou conjuntamente, tudo vai depender das tratativas que já estão sendo encaminhadas”.
De acordo com o prefeito Elcias Borges, de Ferreira Gomes, o município passa por um momento de extrema dificuldade: “Este ano nós acumulamos um déficit de mais de R$ 8 milhões no nosso orçamento. A maior dificuldade é manter o quadro de funcionários para um atendimento mínimo, mas acontece que a receita vem caindo e não temos orçamento para manter pagamentos e contratos em dia, que só aumentam com encargos, consignados e precatórios”.
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