‘Não tem nenhuma orientação ali naquelas mensagens’, diz Moro
Site diz que o ministro trocou mensagens com procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, sobre alguns assuntos investigados pela Lava Jato.
O ministro Sérgio Moro afirmou nesta segunda-feira (10) que não deu nenhuma orientação nas mensagens trocadas com integrantes da força-tarefa da Lava Jato quando era juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba. Ele disse que trechos das conversas não mostram nenhuma prática ilegal, ressaltou que os procuradores foram vítimas de invasão criminosa e que não pode assegurar que os diálogos sejam verdadeiros. Moro disse que não pode assegurar que os diálogos sejam verdadeiros.
O site The Intercept divulgou neste domingo (9) conversas no aplicativo Telegram atribuídas a Moro e a procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, sobre alguns assuntos investigados pela Lava Jato. Segundo o site, Moro orientou ações e cobrou novas operações.
“Na verdade, já me manifestei ontem, não vi nada de mais ali nas mensagens. O que há ali é uma invasão criminosa de celulares de procuradores, não é? Pra mim, isso é um fato bastante grave – ter havido essa invasão e divulgação. E, quanto ao conteúdo, no que diz respeito à minha pessoa, não vi nada de mais”, disse o ministro após participar de evento com secretários de segurança pública em Manaus.
Moro disse que é normal o diálogo entre as partes envolvidas nos processos. “Veja, os juízes conversam com procuradores, juízes conversam com advogados, juízes conversam com policiais, isso é algo normal.”
Questionado se influenciou no resultado da operação, o ministro afirmou: “De forma nenhuma”.
Ele também foi questionado se fez alguma sugestão de troca de fases da Lava Jato: “Olha, se houve alguma coisa nesse sentido, são operações que já haviam sido autorizadas. É uma questão de logística de ser discutido com a polícia de como fazer ou não fazer. Isto é absolutamente normal”.
Segundo o ministro, “está havendo muito sensacionalismo em cima dessas supostas mensagens”.
Os alvos dessas conversas denunciaram recentemente que tiveram seus celulares hackeados ilegalmente, o que é crime. O Intercept, no entanto, disse que obteve os diálogos antes dessa invasão. De acordo com o site, as informações foram obtidas de uma fonte anônima.
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