Assaltantes impõem medo no loteamento Amazonas
Assalto a ônibus revela audácia dos criminosos que desafiam a polícia e amedrontam os moradores
Cinco homens foram presos e dois menores apreendidos na noite de quinta-feira, 1, durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar no loteamento Amazonas, zona oeste de Macapá. Segundo a polícia, esses elementos são suspeitos de envolvimento no assalto a um ônibus da empresa Sião Thur, ocorrido na noite anterior na BR-210.
Segundo a policia, parte dos elementos teria se passado por passageiros acionando o coletivo. Assim que o motorista parou o veículo os outros integrantes do bando entraram já anunciando o assalto. Entre as armas utilizadas no assalto estava uma arma caseira com capacidade para disparar cartuchos calibre 12.
Na noite do crime os bandidos roubaram toda a renda do cobrador, agrediram e tomaram bolsas, jóias e aparelhos celulares dos passageiros, entre eles, crianças e idosos.
“São todos jovens, com idades entre 16 e 21 anos. Todos são moradores aqui mesmo do loteamento, mas na noite do crime os policiais que atenderam a ocorrência não conseguiram localizá-los durante as incursões. Tivemos muito trabalho para chegar até eles pelo fato de uma certa ‘lei do silêncio’ que impera aqui dentro. Mas ao fim logramos êxito nas prisões”, disse um dos investigadores da Polícia Civil.
Armas e objetos das vítimas foram apreendidos. Todos foram levados inicialmente para o Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval. Vítimas que estiveram na delegacia fizeram o reconhecimento dos suspeitos. De lá os menores foram transferidos para a Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (DEIAI).
Medo
Moradora há oito anos do loteamento, uma professora de 42 anos, que pediu para não ser identificada, disse que já colou a casa à venda por um valor muito abaixo do mercado, e mesmo assim não consegue vender o imóvel.
“Oito anos aqui e me sinto praticamente sendo expulsa desse lugar pelos bandidos. Já colocamos cerca elétrica, grades, câmeras e nem isso impede a ação desses marginais. Somente este ano já fomos assaltados duas vezes dentro de casa. Além disso, houve o arrombamento do imóvel mês passado. Pior é que em nenhum desses casos os bandidos foram presos. Medo, essa é a palavra com a qual convivemos hoje”, disse.
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