Cidades

Sem prazo para terminar, greve fecha agências bancárias em todo o país

Sindicato dos bancários afirma que a adesão no Amapá é de 100% dos bancos


As portas das agências bancárias em todo o País permaneceram fechadas para o atendimento ao público durante toda esta terça-feira, e vai continuar assim por tempo indeterminado com a deflagração da greve dos bancários em todo o país. No Amapá, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Edson Gomes, a adesão é de 100% dos bancos públicos e privados.

“O movimento é nacional, e passamos toda a semana avisando sobre a deflagração do movimento para evitar transtornos e prejuízos a população, tanto que tivemos o cuidado de iniciar a greve depois do pagamentos do funcionalismo pública federal, estadual e municipal. Em respeito à legislação, estamos mantendo os serviços essenciais em pleno funcionamento, como as operações através de caixas eletrônicos e internet bank. Além disso, as casas lotéricas, os correspondentes bancários e o sistema de compensação funcionam normalmente”, tranqüilizou Edson Gomes na manhã desta terá-feira, 06, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9).

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 16%, aumento do salário educação e auxílio creche no valor de R$ 788, a imediata contratação de trabalhadores, já que houve demissões em massa com o Programa de Demissão Voluntária (PDV), proposto pelos bancos, além da participação nos lucros e resultados (PLR). “Esses são apenas alguns dos pontos principais. Vivemos, atualmente, numa situação desconfortável por conta da inflação elevada e falta de reposição das perdas salariais. Além disso, o ambiente no trabalho é desconfortável, por causa da sobrecarga dos funcionários em decorrência da carência de pessoal, e inchaço nas próprias agências, cujo quantitativo, hoje, não atende as necessidades da população”, explicou Edson Gomes.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Amapá alerta que a duração da greve vai depender única e exclusivamente dos banqueiros: “Desde o dia 25 de setembro, quando apresentamos a pauta de reivindicações, os banqueiros estão calados, o que nos obrigou a radicalizar. Com a deflagração do movimento, acredito que os patrões vão se preocupar em analisar os itens da pauta e, consequentemente, sentarem à mesa de negociação. Enquanto isso não acontecer, continuaremos de braços cruzados”, alertou.

De acordo com o presidente do Sindicato, a última proposta apresentada pela Fenaban foi no dia 25 de setembro. O reajuste seria de apenas 5,5% (4% a menos que a inflação do período), além de abono salarial de R$ 2,5 mil e manutenção da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nos mesmos valores do ano passado.

“A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) desrespeitou a categoria bancária ao apresentar um reajuste salarial extremamente rebaixado para seus empregados que ajudaram a fazer o lucro de R$ 36,3 bilhões só no primeiro semestre deste ano. Esse desrespeito aos trabalhadores vai fazer com que aconteça a paralisação das agências bancárias em todo o país”, pontuou o presidente do sindicato.

Segundo Edson Gomes, a entidade possui, atualmente, cerca de 850 bancários sindicalizados, que trabalham em 43 agências bancárias em todo o estado.


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