Polícia

Traficantes faturam bilhões com comércio de drogas e armas

Movimentação


Para o delegado Charles Corrêa os coiotes lucram duas vezes com as viagens entre Oiapoque e a Guiana Francesa. Além de levar imigrantes clandestinos para áreas de garimpos ilegais, no retorno eles fazem o transporte de drogas e armas negociadas com traficantes internacionais.

“É outra prática recorrente. No caso das armas, a mais traficada pelas quadrilhas é a espingarda Baikal, calibre 12, de fabricação russa. Já fizemos a apreensão de dezenas delas, bem como a própria Polícia Federal (PF). Aliás, temos realizado um trabalho conjunto com a PF, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar e outros parceiros da área de segurança pública. Se não trabalharmos de forma integrada os traficantes dominam o território naquela região”, declarou.

O Suriname também se tornou um dos principais distribuidores de drogas que chegam ao Brasil (Oiapoque). Dos arredores de Paramaribo, capital surinamesa, os traficantes despacham grandes quantidades de maconha e crack, principalmente. Porém, drogas sintéticas também têm sido traficadas daquela região com maior intensidade.

“É o que temos combatido dentro das nossas limitações. O tráfico de pessoas, drogas e armas movimenta bilhões por ano. O que enriquece essas quadrilhas tira a vida de centenas de pessoas e destrói outras centenas de famílias anualmente. É um trabalho árduo, mas que precisa ser feito. A fronteira é nosso patrimônio e vamos defendê-la”, concluiu.

Não existe um registro oficial de imigrantes brasileiros mortos nessas regiões. Cemitérios clandestinos podem ser vistos no entorno de todos esses garimpos ilegais. Apenas as cruzes revelam que ali existe um corpo que jamais será identificado. Os crimes de homicídio se mantêm impunes.


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