Tráfico humano aumenta em mais de 300 garimpos na Guiana Francesa
Homens e mulheres são levados todos os meses para essas regiões com a perspectiva de fazer dinheiro rapidamente
A busca pelo sonho dourado nos mais de trezentos garimpos pulverizados dentro do território francês acaba fortalecendo a indústria do tráfico de seres humanos. Homens e mulheres são levados todos os meses para essas regiões com a perspectiva de fazer dinheiro rapidamente. No entanto, ao chegar às áreas de garimpo eles se deparam com uma realidade bem diferente. O trabalho escravo e a prostituição.
“Sem dúvida é uma situação complexa. Os imigrantes ilegais são em sua maioria garimpeiros brasileiros. Do total de pessoas que atravessam para o lado francês, 80% é de procedência dos estados do Pará e Maranhão. Do Amapá temos apenas 10% de imigrantes. O restante vem de outras partes do país”, revela o delegado Charles Corrêa, da Polícia Civil.
Ainda de acordo com o delegado – que tem comandado operações de risco extremo em áreas inóspitas – os traficantes de pessoas passaram a lucrar ainda mais com os haitianos que tentam entrar na Guiana Francesa. “Já fizemos a interceptação de várias embarcações que tentavam atravessar para o lado da França. Entre as pessoas detidas estavam imigrantes haitianos e isso se tornou algo ainda mais preocupante”, ressalta Corrêa. No caso dos haitianos, o principal caminho que eles buscam é a cidade de Caiena.
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