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Fim da greve: aulas na Unifap serão retomadas na próxima segunda-feira

Segundo Eliane Supérti, férias do final do ano estão canceladas para reposição dos dias letivos perdidos durante a greve


A Reitora Universidade Federal do Amapá (Unifap), Eliane Supérti, anunciou na manhã desta quarta-feira, 14, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o fim da greve dos professores e técnicos. Segundo ela, o movimento, que durou quatro meses, não conseguiu sensibilizar o governo federal no sentido de atender a grande maioria das reivindicações da categoria: “Infelizmente só conseguimos uma reposição salarial de pouco mais de 10% e a garantia de revisão do plano de carreira, mas, de qualquer maneira, mostramos força e união ao longo de todos esses quatro meses de paralisação”.

A greve dos professores e técnicos das universidades federais foi deflagrada em 28 de maio em todo o país. Em Macapá, apenas os cursos de Medicina e Engenharia não aderiram à paralisação: “A greve não impediu o funcionamento da instituição. Tivemos a responsabilidade de manter 30% dos serviços, conforme é exigido pela legislação, e não permitimos piquetes, porque os direitos dos grevistas não podem se sobrepor aos direitos dos que optam por continuar trabalhando”

Até segunda-feira, quando as aulas serão reiniciadas, a direção, professores e técnicos da Unifap vão trabalhar na elaboração do novo calendário. “Nosso maior desafio, agora, é refazer o calendário e fazer a atualização das aulas, com o objetivo de evitar um impacto negativo para toda a comunidade universitária. Uma coisa, entretanto, é certa: o período de férias será sacrificado, porque não há como fazer reposição de aulas com férias”, alertou a Reitora.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Amapá, Eliane Supérti afirmou que várias universidades em todo o país já estão retomando as aulas, independentemente da deliberação dos sindicatos. No Amapá, o sindicato vai ratificar o fim da greve durante assembléia geral que será realizada ainda nesta quarta-feira.

Negociações

Os servidores das universidades federais resolveram retomar as atividades depois que o governo federal encerrou as negociações com os sindicatos dos docentes e com todas as outras categorias, justificando que a Lei Orçamentária Anual (LOA) só poderia ser encaminhada ao Congresso Nacional até 31 de agosto, justificando que, após o envio, o Congresso Nacional rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.

De acordo com informações do Ministério da Educação (MEC), o movimento já chegou ao fim em 35 de 57 unidades. Das 59 instituições federais de educação superior, duas não aderiram às paralisações: Rio Grande do Norte (UFRN) e a de Itajubá (Unifei).


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