Última Hora

Promotor de Justiça constata falta de medicamentos na Sesa

A Promotoria de Defesa da Saúde, órgão do Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP)  realizou na terça-feira (27) nova inspeção nas dependências do Hospital de Clínicas Alberto Lima HCAL). 

A Promotoria de Defesa da Saúde, órgão do Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP)  realizou na terça-feira (27) nova inspeção nas dependências do Hospital de Clínicas Alberto Lima HCAL). O objetivo foi averiguar as condições de atendimento em alguns setores do hospital, bem como as denúncias sobre falta de medicamentos para o tratamento dos pacientes internados.
 
Na visita, feita pelo promotor de Justiça André Araújo, foram inspecionadas as farmácias da Unacon e de Internação, onde se constatou grande falta de medicamentos, inclusive para realização de quimioterapia. A farmácia do HCAL está sem medicamentos.
“Todos os pacientes com quem conversamos afirmaram que estão sendo obrigados a arcar com os custos dos medicamentos prescritos no hospital, mesmo aqueles que sofrem de câncer”, afirmou o promotor André Araújo.
 
A promotoria também visitou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde encontraram leitos desativados. São cinco dos onze leitos que deveriam atender aos pacientes graves, ou aqueles que precisam de cirurgias de grande porte.
 
Em março deste ano, a Promotoria da Saúde já havia constatado que tais leitos estavam sem funcionamento, ingressando com ação judicial para obrigar o estado ativá-los. A ação ainda se encontra pendente de julgamento pelo Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap).
 
“É inaceitável que tais leitos ainda estejam desativados por falta de manutenção nos equipamentos de monitoramento, sete meses depois de termos recomendado providências à Secretaria de Estado da Sáude (Sesa) e pedido a intervenção judicial. Tal fato vem acarretando o cancelamento de diversas cirurgias e certamente a morte de pacientes graves que não podem receber o tratamento intensivo necessário por falta de vagas na UTI”, lamentou o promotor André Araújo.
 
Ele informou que a promotoria deve novamente pedir a intervenção judicial para tentar uma solução para os problemas detectados e também pretende discutir com a atual gestão da Sesa as soluções para sanar os problemas encontrados.

Deixe seu comentário


Publicidade