‘Foi mais questão de comunicação do que crise mesmo’, diz Mourão sobre reação a queimadas na Amazônia
Presidente em exercício participa de encontro com empresários alemães em Natal nesta segunda-feira (16). País europeu suspendeu financiamento a projetos ambientais no Brasil diante da alta nos alertas de desmatamento.
O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira (16) que houve “mais uma questão de comunicação do que uma crise mesmo” na reação às queimadas na Amazônia.
Mourão fez a afirmação ao responder, em entrevista à Inter TV Cabugi, se o encontro que terá com empresários alemães, previsto para ocorrer nesta manhã em Natal, seria uma oportunidade de virar a página da crise ambiental gerada pela alta nas queimadas e alertas de desmatamentos na região amazônica neste ano.
As altas nos indicadores causaram reação fora do Brasil. A chanceler Angela Merkel foi uma dos líderes internacionais a defender que os incêndios na Amazônia fossem debatidos, que ocorreu em agosto. O país europeu também suspendeu o repasse de R$ 155 milhões para o combate ao desmatamento no país.
Houve também boicote de algumas marcas. O grupo sueco H&M, segundo maior varejista de moda do mundo, suspendeu a compra de couro brasileiro em resposta às queimadas.
A V&F, dona de 18 marcas – Timberland e Vans entre elas – também paralisou as compras até ter segurança de que os materiais usados em seus produtos não prejudicam o meio ambiente.
Para Mourão – que no fim do mês passado havia admitido problemas no combate às queimadas na Amazônia – o encontro desta segunda foi uma oportunidade para “destacar o compromisso do governo do presidente Bolsonaro com a preservação da Amazônia”.
“Lembrando sempre que a nossa missão de preservar e protegê-la não foi a mais árdua nem é a mais árdua daqueles que nos antecederam e conquistaram aquela região para o Brasil como um todo. Deixamos muito claro: a Amazônia é brasileira, e é responsabilidade de cada um dos brasileiros protegê-la e preservá-la”, disse.
A viagem de Mourão a Natal começou com um café da manhã com a governadora Fátima Bezerra (PT), em que ambos trataram de segurança pública.
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