Diretor-geral da ANTAQ recebe representantes do governo do Amapá e membros do BRICs
Encontro discutiu perspectivas do Plano Mestre de Investimentos para o Porto de Santana
Paulo Silva
Da Redação
O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Mário Povia, recebeu na tarde de quarta-feira (13), comitiva dos parceiros do Brics, acompanhados por representantes da Secretaria de Planejamento do Estado do Amapá, na sede da Agência, em Brasília.
O motivo do encontro foi discutir perspectivas do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para o Porto de Santana. Grandes investidores do Brics têm avaliado potencialidades da Região Norte do país, em especial, o Estado do Amapá, considerado como um dos polos estratégicos do Brasil no setor de infraestrutura.
Representantes do governo russo, Safronov Sergey, do Russian Social and Business Promotion Center, e Dimitry Burykh, do Instituto Russo de Estudos Estratégicos do gabinete presidencial, cumprem extensa agenda no país a fim de identificar possibilidades de investimentos no setor de infraestrutura brasileira.
O diretor-geral da ANTAQ, ressaltou que a localização altamente privilegiada do Amapá torna a região fundamental para o setor portuário brasileiro. Com o Porto de Santana, o estado é uma das principais rotas marítimas de navegação, po r permitir uma conexão com portos de outros continentes, além da proximidade com o Caribe, América do Norte, América Central, União Europeia e Canal do Panamá. “O Amapá é uma importante via para a navegação de longo curso das cargas do Arco Norte”, destacou Povia.
O dirigente acrescentou ainda que a Agência está sempre aberta para traçar alternativas viáveis para o desenvolvimento do setor aquaviário. “Cada vez mais a legislação brasileira torna-se mais moderna em busca de soluções que via bilizem mais investimentos para o setor”, comentou Povia.
O secretário de Estado do Planejamento do Amapá e atual coordenador do Programa Tesouro Verde, Eduardo Tavares, destacou a importância de se construir uma agenda internacional para que o programa possa ter envergadura e efetividade no crescimento sustentável da matriz e conômica do Amapá. “São iniciativas como esta que podem criar novas rotas comerciais, viabilizar a captação de recursos, com foco em uma economia mais forte, sustentável, integrada e inclusiva.”
Segundo o secretário, estreitar o relacionamento com a agência reguladora é fundamental para solidificar as parcerias no âmbito internacional. Na oportunidade, Tavares comentou também o interesse de grandes corporações chinesas em realizar investimen tos no Porto de Santana.
O presidente da Companhia Docas de Santana, Glauco Cei, disse que promover estudos de viabilidade econômica de investimentos no porto, e das demais infraestruturas na região detentora de forte potencial do setor mineral, é essencial, pois vai atestar a potencialidade natural d o Estado do Amapá, ainda, pouco conhecida, mas de enorme atratividade para grandes investidores.
De acordo com o presidente da Docas, um bom exemplo disso é a Marinha do Brasil que já vem realizando estudos avançados de batimetria do Calha Norte, por exemplo, para o aumento do calado que possibilitará a entrada de navios de grande porte na região.
Porto de Santana
O Porto de Santana (antigo Porto de Macapá) foi construído no início da década de 80, com a finalidade original de atender à movimentação de mercadorias por via fluvial, transportadas para o Estado do Amapá e para a Ilha de Marajó.
Sua posição geográfica privilegiada, tornou-se uma das principais rotas marítimas de navegação permitindo conexão com portos de outros continentes, servindo como porta de entrada e saída da região amazônica. Compreende o Estado do Amapá e toda Bacia Amazônica e seus principais portos – Trombetas; Munguba; Santarém; Itacoatiara; P Manaus, Porto Velho e Itaituba, os municípios paraenses de Afuá e Chaves, situados na foz do Rio Amazonas, a noroeste da ilha de Marajó.
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