Esportes

Baque, cultos e entrosamento: Gabigol muda por sonho olímpico

Atacante frequenta reuniões do “pastor” Ricardo Oliveira, tem comportamento elogiado no Brasil sub-23 e ganha espaço na equipe


Gabriel nem lembra quando teve a primeira aula de media training, para aprender a lidar com a imprensa. Só sabe que ainda era criança. Talvez tenha sido na mesma época em que ganhou o apelido de Gabigol, ao colecionar bolas na rede no futsal do Santos. Preparado desde cedo para o estrelato, o garoto, agora com 19 anos, também precisou lidar com a expectativa que criou, principalmente na seleção. Da decepção no Sul-Americano Sub-20 em janeiro até a atual boa fase, como titular da equipe olímpica, o atacante passou por mudanças para seguir no caminho de seu maior sonho: disputar as Olimpíadas de 2016.

O status conferido a Gabriel desde cedo, de certa forma, o separou dos companheiros de seleção. Pessoas ligadas à base contam que o atacante sofreu certo preconceito pela condição de estrela. Como autodefesa, também não fazia questão de se entrosar – no Sul-Americano, por exemplo, alguns jogadores ficaram com má impressão do santista. Mas, desde que chegou ao time olímpico, as coisas mudaram. O atacante teve o comportamento elogiado e agradou. Coincidência ou não, o desempenho melhorou e fez jus ao apelido: quatro gols em três jogos. De todos os atletas chamados para a equipe sub-23 desde o início do projeto, Gabigol é quem mais balançou as redes: 41 vezes.

Questionado diretamente pela reportagem, disse que sempre se sentiu bem visto pelo grupo. Afinal, as aulas de relacionamento com a imprensa não foram em vão. O importante é que a mudança no comportamento interno deu resultado.


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