“O que temos pra hoje é saudade / Mas qual de nós vai procurar / Um pretexto, um motivo pra voltar”. O trecho da música “Cê que sabe”, de Cristiano Araújo, poderia muito bem embalar a vida da chinesa Gui Lin, naturalizada brasileira e que defende a seleção nas competições de tênis de mesa. A saudade da China ainda existe, é verdade, já que os pais e a família continuam no Oriente. Mas, a felicidade que encontrou no Brasil tirou o pretexto para voltar à terra natal da jovem de 21 anos. Fã de sertanejo – a música do início do texto é uma de suas favoritas – e de feijoada, Lin já se sente mais do que adaptada, e se tornou um dos principais nomes do tênis de mesa brasileiro, tendo sido medalha de prata no último Pan Americano. A partir desta quarta-feira, dia 18, ela disputa o evento-teste de tênis de mesa, que acontece no Riocentro, no Rio de Janeiro, mesmo local em que acontecerão as disputas nos Jogos Olímpicos.
Além de ser um dos seus estilos musicais favoritos, o sertanejo também foi um facilitador para Lin na hora de aprender o português. A chinesa chegou ao Brasil quando tinha apenas 11 anos e não conhecia nenhuma palavra de nosso idioma. Através da música, passou a arranhar as primeiras sílabas e começou a “se virar”. Na época, foi trazida por um treinador brasileiro, que a viu disputar uma competição na China. Apenas mais uma entre as milhões.
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