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Possibilidade de fechamento da Unimed Macapá preocupa deputado

ATENDIMENTOS SÃO DIRECIONADOS PARA A REDE PÚBLICA


O presidente da Comissão de Direito da Pessoa Humana, Questões de Gênero, Assuntos Indígenas, da Mulher, do Idoso, da Criança, do Adolescente, do Afro-Brasileiro e Defesa do consumidor (CDH), deputado Estadual Pedro da Lua (PSC-AP) afirma que está preocupado com o processo de falência da Unimed Macapá, especialmente porque os atuais 30 mil usuários do plano, que hoje enfrentam sérios problemas de atendimento, estão sendo todos direcionados para a rede pública, estrangulando ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS).

Há cerca de dois meses, os deputados Pedro da Lua e Edna Auzier visitaram a Unimed. Eles foram recebidos pelo vice-presidente, Fernando Jorge Alencar Fernandes, e o diretor Alberto Pacheco. Eles relataram sobre a situação do plano, que começou com 52 médicos cooperados, chegou a ter 230 e hoje conta com menos de 100 médicos associados. Além disso, são 30 mil usuários e 430 funcionários. Uma estrutura gigantesca que ameaça fechar as portas, por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A Unimed Macapá é uma das empresas ameaçadas de fechar as portas pela ANS. A cooperativa está sob intervenção do órgão governamental por causa de problemas econômicos e na assistência prestada aos usuários. A intervenção iniciou no final de 2008 conforme publicação no Diário Oficial da União de 19/12/2008 e prossegue até hoje. Em outubro deste ano, a ANS rejeitou a alienação da carteira para a Unimed Fama e lançou edital para intermediar a negociação de empresas interessadas em assumir o plano.

De acordo com nota da ANS, o fato de Unimed Macapá ter entrado em “direção técnica” em 2008 foi um alerta. Esse tipo de intervenção significa que a situação chegou ao limite. Os usuários ficam sujeitos à suspensão de serviços e, pior, à interrupção de tratamento. “Segundo o Ministério da Saúde, o regime de Direção Fiscal não configura intervenção total, mas, sim, a ocorrência de anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves”, diz nota da ANS à época do procedimento.
O deputado explica que seja em caso de alienação compulsória (quando a ANS obriga a venda) ou voluntária (quando a própria operadora decide vender sua base de clientes), o consumidor não deve ser afetado. Durante o processo de transferência, a Unimed Macapá continua responsável por prestar atendimento integral aos usuários.


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