Levy cobra apoio de partidos da base do governo ao ajuste fiscal
Ministro da Fazenda defendeu a CPMF e diz que é preciso ‘clareza’
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que não se pode “deixar a nau à deriva” no que se refere à meta fiscal de 2016, fixada em um superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) de R$ 43,8 bilhões – ou 0,7% do PIB – e cobrou uma ação mais enérgica da base aliada e do PT nas medidas de ajuste das contas públicas.
“Eu acho que é importante ter a clareza fiscal. A presidente tem um compromisso com a meta de 0,7%. Temos de encontrar os meios. Obviamente toda base de apoio ao governo, incluindo evidentemente o Partido dos Trabalhadores, tem de se mobilizar. Mobilizar pelo Brasil, não apenas pela presidente. Para a gente ter o fiscal e o orçamento que o Brasil precisa, com as receitas que o Brasil precisa”, declarou após solenidade de entrega do Prêmio Nacional de Educação Fiscal 2015, em Brasília.
Ele reafirmou que a estratégia do governo é ter mais atenção ao gasto público e retornar com a cobrança da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) – que encontra resistência entre setores da sociedade e parlamentares.
“A gente fazer a reforma da previdência, a gente também ter a CPMF – não pode ser uma CPMF que vai ser discutida assim com toda calma para começar a valer lá na frente”, afimou Levy.
Na avaliação do ministro da Fazenda, o Brasil precisa de um orçamento forte. “Um orçamento robusto que nos prepare para 2016 ser um ano de crescimento. Não adianta achar que é deixando o orçamento ir assim com folga, com deriva, que a gente vai crescer, que é gastando que a gente vai crescer. Acho que não é assim que funciona”, acrescentou.
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