Relatora vota pela cassação de Mira e absolve Reátegui
Juiz federal pede vista e julgamento acaba adiado
A desembargadora Stella Ramos, do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), votou ontem à noite pela cassação da deputada estadual Mira Rocha (PTB) e pela absolvição do deputado federal Marcos Reátegui (PSC), no julgamento de Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime) contra os dois apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral do Amapá, mas um pedido de vista adiou a conclusão do julgamento para a semana que vem.
Mira Rocha e Marcos Reátegui são acusados de se beneficiar de um esquema de compra de votos montado dentro da Prefeitura Municipal de Santana, comandado pelo prefeito Robson Rocha (PR), irmão da deputada.
Documentos apresentados relatam que o prefeito Robson Rocha contratava pessoas para trabalhar em órgãos da prefeitura com a condição de que nas eleições elas votassem em sua irmã, Mira Rocha, e no deputado Marcos Reátegui. Nas provas produzidas pela Procuradoria Eleitoral constam termos de depoimentos de cerca de dez testemunhas, provas de suas contratações e termos de demissão.
Na sessão de ontem, vencidas duas preliminares apresenradas de ofício, a desembargadora Stella Ramos leu seu voto pela cassação do mandato de Mira Rocha e a absolvição de Marcos Reátegui.
O segundo a votar seria o juiz federal Jucélio Fleury Neto, que foi empossado duas semanas atrás no TRE no lugar da juíza Lívia Peres, cujo mandato se encerrou no dia 4 de novembro. Mas Jucélio pediu vista, devendo retornar com seu voto na sessão da próxima semana. Os demais juízes da corte preferiram aguardar o voto de Jucélio, e nenhum deles antecipou posição.
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