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Caesa afirma que morte de peixes não afeta abastecimento de água

Segundo Patrícia Brito, resultados de exames laboratórios permitem a manutenção do fornecimento na Região do Araguari


A diretora presidente da Companhia de Água e Saneamento do Amapá (Caesa), Patrícia Brito, afirmou na manhã desta sexta-feira, 27, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que pelo menos por enquanto está descartada qualquer possibilidade de interrupção do fornecimento de água tratada na região abastecida pelo Rio Araguari por causa da mortandade de peixes, cuja causa ainda não foi determina, apesar de vários levantamentos feitos por órgãos ambientes do estado. Segundo Patrícia, exames laboratoriais não indicam que a água esteja contaminada.

“Temos em toda a região uma equipe de técnicos sob o comando do gerente de monitoramento da Caesa, que coletam amostras da água de duas em duas horas. Essas amostras são submetidas a exames laboratoriais e até o momento não foi constatada qualquer irregularidade. A água fornecida é de boa qualidade, sem qualquer risco à população. Mesmo assim, diante do que a mídia e os próprios órgãos ambientes têm noticiado, estamos tomando todas as precauções necessárias para garantir a qualidade da água”, tranqüilizou Patrícia.

Coincidência ou não, a Unidade Mista de Saúde de Ferreira Gomes registrou um elevado aumento de atendimentos a pessoas suspeitas de terem contraído doenças após o consumo de água. Depois da última ocorrência de morte de peixes – a quarta deste ano, foram 61 casos entre os dias 13 e 24 de novembro. 

Investigações

Entrevistado no dia anterior pela bancada do programa, o Procurador Geral do Ministério Público no Amapá, Roberto Álvares, manifestou preocupação com a situação ambiental de Ferreira Gomes por causa das tragédias ambientais recorrentes no Rio Araguari. Ele afirmou que um minucioso trabalho de investigação está sendo realizado pelo Ministério Público (MP-AP) para que as causas sejam esclarecidas e os culpados exemplarmente punidos.

Uma comissão de promotores sob a coordenação da titular da Promotoria de Justiça de Ferreira Gomes, Fábia Regina, está investigando o caso e acompanhando o trabalho de técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (Imap). Resultados preliminares atribuem a mortandade de peixes à forte vazão por ocasião da abertura de comportas da Hidrelétrica Ferreira Gomes Energia. A empresa diz que vem adotando recomendações de especialistas e de empresas que enfrentam o mesmo problema, com o objetivo de avaliar as conseqüências e prevenir novas ocorrências. (Ramon Palhares)


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