Filho de Lula é suspeito de justificar repasses
PF suspeita de autenticidade de informações e detalha fontes da internet.
Um novo relatório da Polícia Federal (PF), mostra detalhes e indícios de que os relatórios da consultoria da LFT Marketing Esportivo, de Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, com a Marcondes e Mautoni, empresa de Mauro Marcondes – empresário preso na Operação Zelotes – teriam sido feitos para justificar pagamentos de vultuosos valores.
Esse novo documento revela que, além da Wikipedia, Luis Claudio usou em seus relatórios textos copiados de outras fontes da internet, entre elas uma tese de doutorado apresentada na Universidade de Brasília.
A empresa do filho de Lula recebeu R$ 2,5 milhões da Marcondes e Mautoni. O empresário Mauro Marcondes já foi indiciado pela PF por associação criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
“Por fim, cabe destacar que, fazendo um paralelo entre o conteúdo do trabalho analisado e os valores envolvidos no pagamento pelos mesmos, verifica-se que há fortes indícios de que tais relatórios tenham sido produzidos meramente com o propósito de justificar vultuosas movimentações financeiras entre as empresas investigadas, prática já conhecida no âmbito desta investigação”, conclui o relatório da PF.
Wikipedia
Na sexta-feira (27), foi divulgado o relatório final da PF sobre as investigações da Operação Zelotes – que apura fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Segundo as investigações, a LFT Marketing Esportivo – de Luís Cláudio – recebeu R$ 2,5 milhões em pagamentos da Marcondes e Mautoni, banca de advogados especializada na representação de montadoras automotivas em entidades do setor, como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) e o Sindicato Nacional da Indústria de Veículos (Sinfavea). No documento, a PF chama a atenção para a “inexperiência” do filho de Lula para o trabalho prestado e para a “baixa complexidade” do estudo apresentado pela empresa dele.
A conclusão dos investigadores no relatório final do inquérito que investiga a suposta compra de três medidas provisórias para beneficiar montadoras de automóveis é de que a consultoria entregue por Luís Claúdio foi feita a partir da reprodução de material disponível na internet, e não de um trabalho próprio, desenvolvido pela empresa. “[No relatório] confirmou-se, objetivamente, que o estudo produzido é baseado em meras reproduções de conteúdo disponível na rede mundial de computadores”.
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